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    Ações do Credit Suisse caem mais de 30% em meio a preocupações após colapso de SVB

    Tensões sobre saúde de instituições financeiras, especialmente menores, persistem

    Logo do Credit Suisse em sucursal em Berna, Suíça
    Logo do Credit Suisse em sucursal em Berna, Suíça Reuters/Arnd Wiegmann

    Por Rae Wee e Francesco Canepa e Noele Illien, da Reuters

    As ações do Credit Suisse chegaram a recuar cerca de 30% nesta quarta-feira (15), renovando mínimas históricas, depois que seu maior investidor afirmou que não poderia fornecer ao banco suíço mais assistência financeira por questões regulatórias.

    No fechamento, o tombo ficou menor, de 13,91%.

    “Não podemos, porque iríamos acima de 10%. É uma questão regulatória”, disse o presidente do conselho de administração do Saudi National Bank, Ammar Al Khudairy, nesta quarta-feira.

    O banco saudita adquiriu uma fatia de quase 10% no ano passado depois de participar do aumento de capital do Credit Suisse e se comprometeu a investir até 1,5 bilhão de francos suíços (US$ 1,5 bilhão) na instituição.

    O tombo das ações do Credit Suisse pressionava os mercados de ações de forma geral, uma vez que reacende parte do nervosismo entre os investidores sobre a resiliência do sistema bancário global após o colapso do norte-americano Silicon Valley Bank no final de semana.

    Falando em uma conferência do Morgan Stanley nesta quarta-feira, Ralph Hamers, presidente-executivo do rival suíço UBS, disse que o banco se beneficiou da recente turbulência do mercado e viu entradas de dinheiro.

    “Nos últimos dias, como você pode esperar, vimos fluxos de entrada”, disse Hamers. “É claramente uma fuga para a segurança, mas acho que três dias não são uma tendência.”

    O Credit Suisse publicou na terça-feira (14) seu relatório anual de 2022 dizendo que o banco identificou “fraquezas materiais” nos controles sobre relatórios financeiros e que as saídas de clientes ainda não acabaram.

    O segundo maior banco da Suíça está tentando se recuperar de uma série de escândalos que minaram a confiança de investidores e clientes. As saídas de clientes no quarto trimestre aumentaram para mais de 110 bilhões de francos suíços (US$ 120 bilhões).

    As ações do Credit Suisse eram negociadas a 1,60 franco suíço, em queda de 28,44%, por volta de 9h45 (horário de Brasília), vindas de uma sequência de perdas. No pior momento, chegaram a 1,57 franco suíço.

    O custo de garantir os títulos do banco contra a inadimplência disparou. Os CDS de cinco anos sobre a dívida do Credit Suisse aumentaram para 574 pontos-base, de 549 bps no último fechamento, de acordo com dados da S&P Global Market Intelligence, marcando um novo recorde.

    No início desta semana, o presidente-executivo do Credit Suisse, Ulrich Koerner, disse em uma conferência que o índice de cobertura de liquidez do banco foi em média de 150% no primeiro trimestre deste ano – bem acima dos requisitos regulatórios.