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    Ações da petroleira argentina YPF disparam quase 40% após Milei falar em privatização

    Presidente eleito afirmou que "primeira coisa a fazer" é reconstruir companhia

    Da CNN* , São Paulo

    As ações da estatal petroleira argentina YPF dispararam quase 40% no pregão desta segunda-feira (20) em Wall Street, após o presidente eleito, Javier Milei (La Libertad Avanza), sinalizar a privatização das operações.

    “A primeira coisa a fazer é reconstruí-la”, disse à Rádio Mitre, na primeira entrevista após vencer a corrida presidencial, neste domingo (19).

    E acrescentou: “Desde que estas estruturas sejam racionalizadas, são colocadas para criar valor para que possam ser vendidas de uma forma muito benéfica para argentinos.”

    Os papéis da companhia negociadas na bolsa de valores de Nova York (NYSE, na sigla em inglês) fecharam o pregão com alta de 39,88%, a US$ 15,01 (cerca de R$ 72,79).

    Além da YPF, outros papéis argentinos subiram hoje em Wall Street. As ações da Pampa Energía, empresa do setor de óleo e gás, avançou quase 18%, e as do Banco BBVA ganharam quase 19%.

    A bolsa argentina não operou nesta segunda-feira por causa do feriado de Dia da Soberania Nacional. Em Nova York, são negociados os recibos de ações estrangeiras. Esses ativos são chamados de ADR (American Depositary Receipt) e correspondem às ações emitidas nos mercados de origem dessas empresas.

    O ultraliberal foi eleito neste domingo com mais de 55% dos votos, superando, no segundo turno, o candidato governista e atual ministro da Economia, Sergio Massa (Union por la Patria).

    Em entrevista à Rádio Mitre, Milei também destacou outros pontos dos seus projetos de privatização.

    “Não é possível privatizar nem a educação, nem a saúde; elas estão sob a responsabilidade das províncias. A melhor abordagem é sempre subsidiar a demanda, não a oferta, mas algo assim não será implementado no curto prazo.”

    Leia também: FMI diz estar pronto para trabalhar com Argentina após eleição de Milei

    *Com informações do analista de economia da CNN, Fernando Nakagawa, em Buenos Aires

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