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    Acionistas e diretores da Americanas dificilmente desconheciam rombo, diz especialista

    Em entrevista à CNN, presidente da Associação Brasileira de Investidores (Abradin), Aurélio Valporto, disse que o caso coloca em xeque credibilidade do mercado de capitais brasileiro

    Tamara NassifElis Francoda CNN

    em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (16), o presidente da Associação Brasileira de Investidores (Abradin), Aurélio Valporto, afirmou que “é muito improvável” que a antiga diretoria da Americanas e seus acionistas majoritários não tivessem ciência do rombo bilionário nas contas da gigante varejista — chamado por Valporto como “fraude monumental”.

    “É muito improvável que um golpe desse tamanho ocorra sem que houvesse ciência da antiga diretoria da Americanas e dos ditos acionistas de referência, que o banco BTG acusa em sua peça inicial junto à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro”, disse o representante da Abradin, aludindo ao trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, do grupo 3G.

    “Tudo isso deve ser apurado, porque coloca em xeque a credibilidade de todo o mercado de capitais brasileiro e outras empresas sob os mesmos acionistas de referência.”

    Segundo Valporto, o caso acontece em meio à necessidade do país de atrair investimentos diretos para “fomentar a atividade econômica”.

    “Usaram o eufemismo de ‘inconsistência contábil’ para tentar minimizar uma fraude monumental contra os acionistas minoritários e o mercado de capitais brasileiro”, disse.

    “Isso tem o condão de afastar investidores do mercado de capitai, que, apesar de ter um giro elevado, ainda é muito incipiente como fomentador da economia e esse tipo de evento vem a prejudicar muito mais do que os investidores da Americanas, e sim toda a economia nacional.”