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    Ação de mineradora de Eike Batista dispara 524% no mês – o bilionário voltou?

    MMX já tem falência decretada, mas virou alvo de especuladores por tentativa de retomar controle de minas para exploração

    Eike Batista, ex-bilionário: mineradora virou alvo de especulação na bolsa
    Eike Batista, ex-bilionário: mineradora virou alvo de especulação na bolsa Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

    André Jankavski, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Quem investiu R$ 1 mil no início do mês na ação da mineradora MMX (MMXM3) teria, ao fim do pregão da quinta-feira (8), R$ 6,2 mil na carteira. Para quem não se recorda, a MMX é uma das empresas do conglomerado EBX, outrora campeão nacional controlada por Eike Batista, que já foi o homem mais rico do Brasil (e um dos mais ricos do mundo). O ex-bilionário está de volta?

    Batista viu a sua fortuna virar pó por uma série de fracassos. Em 2012, ele chegou a ocupar a posição de oitavo homem mais rico do mundo (com uma fortuna de US$ 34,5 bilhões). Um ano depois, perdeu o posto até mesmo de bilionário após ser preso sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro. 

    O empresário foi acusado e condenado por diversas irregularidades (como manipulação de mercado). O ex-bilionário, inclusive, está proibido de ocupar cargos de administração em companhias abertas por sete anos. 

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    E a MMX entra nesse balaio de problemas. Portanto, não se anime com essa valorização recente. A MMX está em processo de recuperação judicial, mas já tem falência decretada em 2019 pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O processo, contudo, ainda não foi para frente por causa de recursos judiciais.

    E, aliás, foi exatamente um pedido na Justiça que fez as ações darem esse salto em outubro.

    Em um fato relevante divulgado no dia 30 de setembro, a MMX solicitou “a suspensão dos efeitos de instrumentos contratuais que tratam da titularidade e direito de utilização dos direitos minerários registrados perante as autoridades” da Mina Emma. Em palavras mais simples, a empresa quer recuperar os direitos de explorar a mina localizada em Corumbá (MS).

    Desde então, a ação da MMX virou alvo de especuladores. Logo, não enxergue muitos fundamentos nessa alta.

    “Meu amigo, isso é só na especulação”, diz Pedro Galdi, analista da corretora Mirae Asset. “Todos os ativos foram vendidos e não enxergo espaço para que a empresa saia dessa área de especulação.”

    De acordo com reportagem publicada pela revista Exame, Batista está planejando o seu retorno para os negócios e a MMX está entre os seus planos. O outro ativo que brilha seus olhos é o do estaleiro OSX, que também está em recuperação judicial.

    Basta saber se ele vai conseguir chegar perto dos seus antigos sonhos – entre eles, o de ser o homem mais rico do mundo.

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