Brasil é um dos líderes mundiais na produção de lixo, diz ONU
Somente 9% do plástico consumido no país é reciclado
O plástico pode permanecer no oceano por centenas de anos ou nem sequer se decompor, afetando diretamente pelo menos 800 espécies marinhas.
“Quando vem para o meio ambiente, ele (o plástico) se fragmenta. Esse movimento de maré gera microplásticos que viram nanoplásticos e a grande surpresa é que recentemente pesquisadores encontraram nanopartículas de plástico intracelular”, explica o biólogo Fábio Nunes, que faz parte de um projeto que limpa praias no litoral paulista.
O Instituto Ecofaxina foi fundado em 2008 na cidade de Santos, no litoral paulista. De lá pra cá, o grupo já retirou quase 100 mil quilos de resíduos sólidos das praias da região.
“À primeira vista, parece que a praia está limpa e aí a gente pega o balde para tirar a sujeira e começa a reparar como a praia está suja de lixo mesmo, de todos os tipos”, afirma a voluntária Maura Coracini.
O plástico é o item que mais contamina o meio ambiente aquático. Só em 2021, o mundo produziu 139 milhões de toneladas de resíduos plásticos de uso único, de acordo com o Pnuma, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Grande parte desse material vai parar em oceanos e rios. Para prevenir essa poluição e os estragos causados pelo descarte errado, além da sociedade civil, o poder público também tenta agir. No Rio de Janeiro, o governo criou um programa de limpeza de rios para prevenir desastres naturais com um investimento de cerca de R$ 250 milhões em 85 municípios.
“Quem vive em regiões onde tem inundações sabe que, quando vem a chuva e o rio está obstruído, o que acontece? As pessoas, quando não perdem a vida, perdem tudo. Esse é um trabalho para tornar os municípios mais resilientes relacionados aos eventos climáticos severos”, explica o secretário de Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Rio de Janeiro, Bernardo Rossi.
Ações de todos que podem ajudar a salvar o planeta.