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    Vendas no varejo crescem 5,2% em julho, maior resultado para o mês desde 2000

    A sequência de altas demonstra a recuperação do comércio, caminhando para um ambiente positivo. No acumulado de 2020, porém, ainda há queda de 1,8%

    Paula Bezerra e Natália Flach, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    A retomada econômica e afrouxamento das regras do isolamento social seguem impactando positivamente as vendas do varejo. Após passar por meses desafiadores pela pandemia, o setor segue embalado no ritmo de alta e, em julho, o volume de vendas cresceu 5,2%, quando comparado com o mês anterior. O resultado marcou o melhor mês de julho desde o início da série histórica do IBGE, em 2.000, e  veio atrás da alta recorde de 13,3% em maio, e de 8,5% em junho. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (10), pela Pesquisa Mensal de Comércio, do IBGE. 

    Segundo o instituto, móveis, eletrodomésticos, hiper e supermercado já retomaram os níveis de crescimento observados no período pré-pandemia. A sequência de altas já passou a eliminar parte das perdas provocadas pela pandemia.Quando analisado os últimos 12 meses, o comércio saiu do vermelho, registrando avanço de 0,2%. No acumulado do ano, porém, as vendas no varejo apresentam queda de 1,8%.

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     “Até junho, houve uma espécie de compensação do que ocorreu na pandemia, então em julho a recuperação já tem um excedente de crescimento”, avalia o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

    “Como o indicador despencou de fevereiro até abril, a base ficou muito baixa e essa recuperação vem trazendo todos os indicadores para os níveis pré-pandemia”, completa.

    Segundo o gerente de pesquisa, alguns setores já estão bem acima dos níveis de fevereiro, como móveis e eletrodomésticos, a 16,9% superior; hiper e supermercados, 8,9%; e artigos farmacêuticos 7,3%. Além disso, Santos destaca os materiais de construção, que demonstra um acréscimo de 13,9% no varejo ampliado.

    Santos ressalta, porém, que o ganho real em relação a fevereiro não atingiu todas as categorias. “Alguns setores apresentam baixas, como tecidos, vestuário e calçados (-32,7%), livros, jornais, revistas e papelaria (-27,2%) e veículos (-19,7%), no varejo ampliado.”

    Varejo ampliado

    As vendas no comércio ampliado – que inclui veículos, motos e materiais de construção – aumentaram 7,2% em relação a junho. O percentual foi puxado por veículos, motos e peças que cresceram 13,2%, enquanto materiais de construção avançaram 6,7%.

    Na comparação com julho de 2019, o avanço foi de 1,6% – primeira alta após uma sequência de quatro meses de queda. Dessa forma, no acumulado do ano, o varejo ampliado recuou 6,2% até julho ante uma queda de 7,6% registrado até junho. 

    De acordo com levantamento do IBGE, 8,1% das empresas pesquisadas relataram impacto em suas receitas de julho por causa das medidas de isolamento social. Esse total representa uma queda de 4,1 p.p. em relação a junho e 20 p.p. ante abril.

    Embalo pós-retomada

    Entre as 27 unidades da federação, 21 apresentaram alta, segundo o IBGE. Na passagem de junho para julho, já na série com ajuste sazonal, o aumento de 5,2% teve predomínio positivo em estados como Amapá, com 34,0%; Paraíba, com 19,6% e Perambuco, com acréscimo de 18,9%. 

    Já os destaques negativos estão com Tocantins, que apresentou recuo de 5,6%; Paraná e Mato Grosso, ambos com queda de 1,6%.

    Quando analisado o comércio varejista ampliado, a variação de 7,2% entre junho e julho, o instituto observou alta em 25 das 27 federações, também puxado pelos estados do Amapá, Paraíba e Pernambuco.  

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