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    Vendas do comércio avançam 0,9% em abril, quarta alta seguida, diz IBGE

    Apesar de registrar seu quarto mês consecutivo de alta, a atividade mostra desaceleração em relação à alta de 1% registrada no mês anterior

    Comércio em Pinheiros, SP: setor passa por movimento de recuperação após grandes quedas registradas durante o pior momento da pandemia
    Comércio em Pinheiros, SP: setor passa por movimento de recuperação após grandes quedas registradas durante o pior momento da pandemia Agência Brasil

    Ligia Tuonda CNN São Paulo

    As vendas no comércio varejista brasileiro avançaram 0,9% em abril na comparação com março, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (10). Trata-se da quarta alta mensal seguida no setor, que acumula aumento de 2,3% de janeiro a abril.

    Em relação a abril de 2021, o crescimento foi de 4,5%, e, nos últimos 12 meses, de 0,8%. Vale ressaltar que o IBGE também revisou o dado de março, de alta de 1% para 1,4%.

    Analistas de mercado esperavam alta de 0,4% de um mês para o outro e de 2,6% na comparação anual.

    Apesar de registrar seu quarto mês consecutivo de alta, a atividade mostra desaceleração, ressalta o instituto.

    “Os quatro meses do ano foram positivos, mas vêm em trajetória decrescente: de 2,4% em janeiro para 0,9% em abril. O crescimento é consistente, porém desigual. Como um todo, o comércio varejista está 4,0% acima do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020. Mas entre as atividades está desigual”, diz Cristiano Santos, gerente da pesquisa, em nota.

    O resultado pendeu para o positivo, segundo ele, influenciado pelo crescimento de Tecidos, vestuários e calçados e Móveis e eletrodomésticos. Hiper e supermercados tiveram queda, “mas as atividades que cresceram têm peso alto também”, explica.

    Metade das oito atividades avaliadas na pesquisa registraram avanço no volume de vendas de abril em relação a março. Os destaques positivos foram: Móveis e eletrodomésticos (2,3%), Tecidos, vestuário e calçados (1,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,4%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,1%).

    Entre as quedas, o estudo destaca Combustíveis e lubrificantes (-0,1%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,1%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-5,6%) e Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-6,7). Para o varejo ampliado, tanto a atividade de Veículos, motos, partes e peças (-0,2%) quanto de Material de Construção (-2,0%) tiveram resultados negativos.

    Entre as atividades acima do patamar pré-pandemia, o especialista destaca Artigos farmacêuticos (17,7%), Material de construção (9,1%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,3%). Abaixo do patamar pré-pandemia estão Equipamentos e material de escritório (-11,7%), Móveis e eletrodomésticos (-10,7%), Tecidos, vestuários e calçados (-8,6%).

    Na comparação mensal, o volume de vendas foi positivo em 19 dos 27 estados, com destaque para: Amazonas (4,4%), Rio Grande do Norte (4,0%) e Alagoas (3,8%). Por outro lado, oito estados tiveram resultados no campo negativo, com destaque para: Pernambuco (-7,7%), Roraima (-4,5%) e Pará (-4,4%).

    No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas apresentou  aumento de 0,7% na comparação com março.