Turismo de lazer começa a se recuperar, diz presidente do Idt-Cema
Bruno Omori faz um balanço do setor de turismo no Brasil, que foi duramente afetado pela pandemia de coronavírus
Segundo o presidente do Instituto de Desenvolvimento, Turismo, Cultura, Esporte e Meio Ambiente (Idt-Cema), Bruno Omori, o turismo de lazer e entretenimento pode ter uma recuperação mais rápida em comparação com o turismo internacional e de negócios.
“Toda vez que faz sol, o turista de última hora acaba tomando a decisão de ir para a praia ou para o interior, pegando o seu carro e se deslocando. Temos um crescimento dessa demanda”, explicou.
O setor de turismo foi um dos mais afetados por conta da pandemia de coronavírus.
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Omori ainda avaliou que o perfil do “viajante de fim de semana” é formado por pessoas que continuaram trabalhando durante a pandemia, “guardaram dinheiro e cansaram de ficar em casa.”
O presidente do Idt-Cema também destacou que o turismo brasileiro pode começar a retomada ao absorver os turistas do exterior, que não poderão viajar por conta do coronavírus.
“Nós temos [nesse período de paralisação] quase 11 milhões de turistas brasileiros que gastariam, por exemplo, US$ 10 mil no exterior e, agora, podem gastar R$ 50 mil no Brasil. Esse perfil busca resorts de luxo, destinos que têm mais procura e são mais completos em relação à estrutura.”
Sobre o turismo de negócios, Omori espera que o setor tenha prejuízo de até 80%. A previsão inicial, antes da pandemia, era de um crescimento de 8% para 2020.
“Veio a pandemia e tudo fechou, chegamos a ter 90% da oferta hoteleira fechada no Brasil. A previsão é que o ano chegue a 80% de recuo em relação ao ano passado, por seis meses fechados e uma taxa de ocupação menor”, explicou.
(Edição: André Rigue)