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    Testamos o realme 7 Pro, primeiro smartphone da marca chinesa no Brasil

    Seu sistema de carregamento promete encher a bateria do telefone em 33 minutos e suas câmeras são otimizadas para permitir boas fotos noturnas

    Matheus Prado, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Pegando carona no sucesso de Xiaomi e Huawei no Brasil, outra marca chinesa que já é sensação mundo afora chegou ao país em janeiro. Trata-se da realme, que passou a oferecer seus produtos em loja oficial hospedada pela B2W, dona de gigantes do e-commerce como Americanas e Submarino. 

    A companhia trouxe inicialmente os smartphones realme 7 e 7 Pro (R$ 2.499 e R$ 2.999), o relógio realme Watch S (R$ 699) e os fones realme Buds Q (R$ 229). Mas, segundo Sherry Dong, diretora de marketing da marca, a empresa deve lançar, ainda em 2021, ao menos 12 smartphones e outros 20 produtos AIoT (de inteligência artificial das coisas) no Brasil.

    Sem revelar quais serão estes itens, promete reforçar os segmentos de áudio, wearables e casa. Vale lembrar que, lá fora, a realme vende desde televisões 4K até mochilas, passando por escova de dente elétrica e câmera de segurança inteligente. Em termos de celulares, as novidades podem começar já no próximo trimestre. 

    “Trouxemos a linha 7 primeiro porque representa a imagem que a realme quer passar, e está numa faixa de preço que está crescendo muito no Brasil, entre os R$ 2.000 e os R$ 3.000”, diz Dong. “A ideia é mostrar que temos design e tecnologia, mas com preços acessíveis.”

    Para isso, os dois principais pontos explorados pela marca em relação ao realme 7, além do preço, são: a qualidade das suas câmeras e a velocidade de carregamento do aparelho —seu sistema de carregamento promete encher a bateria do telefone em 33 minutos e suas câmeras são otimizadas para permitir boas fotos noturnas. 

    Nessa linha, a reportagem do CNN Brasil Business testou o realme 7 Pro e colocou os conceitos da marca à prova. Confira abaixo e no vídeo as impressões.

    Design

    Visualmente, o telefone é simples e de estética agradável: com tela inteira na frente e fundo com dois padrões e acabamento em plástico. As câmeras traseiras ficam levemente saltadas da carcaça, num padrão que já estamos habituados a ver.

    O aparelho é leve nas mãos e econômico nos botões: tem um para ligar e desligar do lado direito e dois para controlar o volume do áudio do lado oposto. Conta ainda, na parte inferior, com entrada comum para fones de ouvido e outra para USB-C. 

    A tela, que tem leitor de impressões digitais, é uma Super Amoled de 6,4 polegadas, com bom brilho e resposta rápida. A navegação no touchscreen é suave e sem travamentos.

    Performance

    Com processador Snapdragon 720G e 8GB de RAM, o realme 7 Pro é ágil e consegue realizar tranquilamente tarefas do dia-a-dia, como manter vários apps abertos ao mesmo tempo e assistir a vídeos.

    Nos jogos, que não são sua especialidade, o aparelho aguenta bem os títulos mais simples, porém dá uma engasgada em caso de games mais pesados, o que é normal devido ao avanço do segmento.

    Em termos de bateria, a autonomia é decente, mas o que brilha mesmo é o carregamento. Vai até os 50% de carga em menos de 15 minutos e completa a carga em cerca de 35 minutos.

    O sistema pré-instalado é o Android 10, com interface UI da própria marca. É simples, mas entrega o que se pede.

    Fotos

    Outra grande aposta da marca, o realme 7 Pro tem boa performance de câmera, com alguns detalhes. O tempo de resposta do celular para fazer as fotos é um pouco lento, talvez pela edição automática que o aparelho realiza nas imagens.

    A lente wide, de 64 megapixels, tem cores pouco vivas, apesar de conseguir fazer boas fotos diurnas. Já o modo noturno abusa da correção de cor e colore as fotografias em demasia. 

    O modo de saturação, se ativado, pode ajudar na coloração. Já a câmera frontal, para selfies, talvez peque por excesso na edição automática das fotos com inteligência artificial. O desfoque no fundo pode ser útil.

    Foto realme
    Lateral do Edifício Copan: câmera tem boa resolução e riqueza de detalhes
    Foto: Matheus Prado/CNN

     

    Foto realme 7 Pro
    Livraria Megafauna: câmera entrega boas cores em ambiente com pouca luz
    Foto: Matheus Prado/CNN

     

    Foto realme 7 Pro
    Vista noturna do Edifício Copan: celular edita muito a imagem e dá aspecto diurno à foto
    Foto: Matheus Prado/CNN
    Veredito

    Trata-se de um bom modelo intermediário para tentar fazer frente à Samsung, grande líder do segmento com a série A. O ponto alto do modelo é realmente o carregamento ultrarrápido, podendo se tornar um nicho.