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    Tencent fará novas restrições a ‘Honor of Kings’ após perda de US$ 60 bilhões

    Empresa restringirá acesso de menores ao videogame após críticas em um artigo

    Tencent fará restrições ao jogo "Honor of Kings"
    Tencent fará restrições ao jogo "Honor of Kings" Foto: Tingshu Wang / Reuters

    Brenda Goh e Samuel Shen, da Reuters

    A empresa chinesa Tencent disse nesta terça-feira (3) que restringirá ainda mais o acesso de menores ao seu principal videogame, horas depois de suas ações terem sido prejudicadas por um artigo da mídia estatal que descreveu os jogos online como “ópio espiritual”.

    O Economic Information Daily citou o jogo “Honor of Kings” da Tencent em um artigo no qual afirma que os menores são viciados em jogos online e pede mais restrições à indústria. O veículo é afiliado à maior agência de notícias estatal da China, a Xinhua.

    A maior empresa de mídia social e videogame da China viu suas ações despencarem mais de 10% nas primeiras negociações, eliminando quase US$ 60 bilhões de seu valor de mercado.

    A ação estava a caminho da maior queda em uma década antes de reduzir as perdas depois que o artigo desapareceu do site e da conta do WeChat na tarde de terça-feira (3).

    O artigo reapareceu mais tarde no mesmo dia, com o termo “ópio espiritual” removido e outras seções editadas.

    No artigo original, o jornal destacou “Honor of Kings” como o jogo online mais popular entre os estudantes, jogado por até oito horas por dia.

    “O ‘ópio espiritual’ cresceu e se tornou uma indústria que vale centenas de bilhões”, disse o jornal. “… Nenhuma indústria, nenhum esporte pode se desenvolver de uma maneira que irá destruir uma geração.”

    O ópio é um assunto delicado na China, que cedeu a ilha de Hong Kong ao Reino Unido “para sempre” em 1842, no final da Primeira Guerra do Ópio, travada pela exportação britânica da droga para a China, onde o vício se espalhou.

    A Tencent disse que vai introduzir mais medidas para reduzir o tempo e o dinheiro de menores gastos em jogos, começando com “Honor of Kings”. A companhia também pediu a proibição da indústria de jogos para crianças menores de 12 anos.

    A empresa não abordou o artigo, nem respondeu a um pedido de comentários da Reuters.