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    Pouco conhecida, Stripe supera SpaceX e se torna a startup mais valiosa dos EUA

    A empresa de meios de pagamento fez uma nova rodada de investimentos de US$ 600 milhões, o que a catapultou para um valor de mercado de US$ 95 bilhões

    Paul R. La Monica, do CNN Business

     

    Mexam-se, SpaceX e Instacart: a Stripe, empresa de processamento de pagamentos, é agora a startup mais valiosa dos Estados Unidos.

    A empresa anunciou no domingo (14) uma nova rodada de investimentos de US$ 600 milhões (cerca de R$ 3,3 bilhões), o que a catapultou para um valor de mercado de US$ 95 bilhões (cerca de R$ 533 bilhões), quase triplicando sua última avaliação, que era de US$ 36 bilhões (cerca de R$ 202 bilhões).

    O novo investimento coloca a Stripe à frente da empresa de delivery de comida Instacart, que recentemente captou recursos e passou a valer US$ 39 bilhões (cerca de R$ 219 bilhões), assim como a empresa aeroespacial SpaceX, de Elon Musk, que agora está avaliada em US$ 74 bilhões (cerca de R$ 415 bilhões), de acordo com a empresa de pesquisa CB Insights.

    Ainda assim, a Bytedance, empresa chinesa detentora do TikTok, retém facilmente o título de startup “unicórnio” mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 140 bilhões, ou cerca de R$ 786 bilhões.

    A Stripe ganhou impulso graças ao aumento da demanda do comércio online durante a pandemia. Com concorrentes como Square, PayPal e outras empresas de tecnologia na lucrativa indústria de processamento de pagamentos e transações, a startup disse que usará o dinheiro de seu último aumento de capital para se expandir ainda mais sua operação na Europa. A Stripe tem duas sedes: uma em São Francisco, nos EUA, e uma Dublin, na Irlanda.

    A Europa, onde estão 31 dos 42 países onde opera, é uma região importante para a empresa norte-americana. Entre seus clientes europeus mais conhecidos estão Axel Springer, Jaguar Land Rover, Maersk, Deliveroo e Klarna. 

    “Estamos investindo muito mais na Europa neste ano, especialmente na Irlanda”, afirmou o presidente e cofundador da startup, John Collison, em comunicado. “A oportunidade de crescimento para a economia digital europeia é imensa.”

    Segundo a empresa, os principais investidores globais (como Allianz, Axa, Baillie Gifford, Fidelity, Sequoia Capital e a Agência de Gestão do Tesouro Nacional da Irlanda) participaram da recente rodada de captação.

    Estreia na bolsa?

    O crescimento da Stripe a tornou uma forte candidata a fazer um dos IPO mais esperados de 2021, embora ela ainda não tenha entrado com um pedido de oferta pública inicial ou dado qualquer pista sobre os planos para eventualmente começar a negociar ações em Wall Street.

    A forte demanda pelos serviços de processamento de pagamentos da Stripe também ocorre com o aumento da demanda por moedas digitais, como o bitcoin. Os preços do bitcoin atingiram um novo recorde histórico, acima de US$ 60 mil (cerca de R$ 336 mil) no sábado (13), antes de caírem na segunda-feira.

    A Stripe começou a oferecer meios para realização de pagamentos com criptomoedas em 2014, mas depois parou de aceitar bitcoin em 2018, dizendo que ficou claro que “o bitcoin evoluiu para se tornar mais um ativo do que um meio de troca”. Originalmente, a empresa esperava que o bitcoin pudesse se tornar um meio de pagamento viável em lugares onde os cartões de crédito não eram tão usados ou onde as taxas eram proibitivamente caras.

    Desde então, a Stripe afirma que faz mais sentido se concentrar no processamento de transações em cartão de crédito, cartão de débito e carteiras digitais em vez de criptomoedas.

    No início do ano, a empresa atraiu grandes nomes do mercado financeiro para ajudá-la a atingir seus objetivos. Entre eles, estão Mark Carney, ex-executivo do Bank of England e do Bank of Canadá, e Christa Davies, diretora financeira da gigante corretora de seguros Aon. Os dois agora são membros do conselho da Stripe.

    (Texto traduzido. Clique aqui para ler o original em inglês)

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