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    Spic, da China, faz parceria no Brasil e quer aliviar tensões entre os países

    Segundo a CEO da Spic Brasil, Adriana Waltrick, a companhia vai destinar R$ 20 milhões "a fundo perdido"

    Roberto Samora, da Reuters

    A elétrica chinesa Spic assinou nesta quinta-feira (26) uma parceria com o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), da estatal Eletrobras, para desenvolver estudos que visam ampliar o uso de sistemas inteligentes e renováveis, em um movimento que pode ajudar a aliviar eventuais tensões nas relações entre os dois países, avaliaram executivos.

    Segundo a CEO da Spic Brasil, Adriana Waltrick, a companhia vai destinar R$ 20 milhões “a fundo perdido” para colocar os projetos em andamento, que deverão envolver pesquisas em energia inteligente integrada, células de combustíveis a hidrogênio e baterias para armazenamento.

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    “A energia inteligente é um dos pilares do negócio da Spic Brasil”, ressaltou a executiva em entrevista a jornalistas, acrescentando que a empresa segue interessada em projetos hidrelétricos no país, assim como renováveis e de segurança energética, como térmicas com gás do pré-sal.

    Questionados se iniciativas em inovações tecnológicas poderiam colaborar para reduzir tensões entre Brasil e China –após a embaixada chinesa ter reagido ao que chamou de “comentários difamatórios” feitos por um filho do presidente Jair Bolsonaro sobre a tecnologia da Huawei–, os executivos da Spic e do Cepel comentaram que a cooperação é sempre bem-vinda para as relações entre as nações.

    “A cooperação sempre contribui para reduzir tensões… a cooperação alivia, evita que tensões sejam ampliadas, se existem (tensões), ela (cooperação) certamente contribui para reduzir…”, disse o diretor-geral do Cepel, Amílcar Guerreiro.

    A CEO da Spic Brasil, por sua vez, afirmou que a companhia tem “excelente relacionamento com autoridades setoriais, e que a cooperação no campo da inovação “desconhece fronteiras”.

    “A Spic é uma parceira do Brasil e tem visão de longo prazo”, disse.

    Pouco antes, durante o evento de assinatura do memorando de entendimento entre Spic e Cepel, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, ressaltou a “satisfação de iniciar a nova parceria com o intuito de desenvolver troca de experiências em projetos de energia” com a estatal chinesa.

    Segundo ele, a parceria com a Spic, que detém a outorga da hidrelétrica São Simão, entre Goiás e Minas Gerais, e empreendimentos eólicos na Paraíba, contribuirá para ampliar os “elevados índices de produtividade que o Brasil possui na geração de eletricidade de fontes renováveis”.

    O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., também presente no evento, disse que tem a “honra” de chamar a Spic de parceira. “O mundo anseia por inovação e cooperação diariamente, temos acompanhado os avanços na busca da vacina da Covid-19… por isso é oportuno que estejamos reunidos para celebrar as duas coisas, a cooperação e a inovação”, afirmou.

    Ele disse ainda que o memorando de entendimento representa o “estreitamento dos laços” entre as empresas e o Brasil e a China.

    Empreendimentos no Brasil

    A CEO da Spic reiterou que a energia hidrelétrica “é um dos pilares de crescimento no Brasil”, especialmente após a experiência com a usina de São Simão, e destacou que a empresa está atenta a oportunidades no segmento “em voo solo” e com parceria.

    “Temos alguns pilares de crescimento, um deles é o hidrelétrico, tanto operacional quanto ‘greenfield’ (projetos novos), afirmou.

    O segundo pilar de crescimento envolve renováveis de menor porte, como energia eólica e solar, e de geração híbrida, assim que a regulação desta última estiver definida, disse ela.

    “E gente sempre tem olhar sobre a segurança energética, e aí encontramos projetos térmicos a gás natural, especialmente o gás no pré-sal, é a nossa última parceria firmada…”, disse ela, em referência à compra de participação em complexo no porto de Açu, no Rio de Janeiro.

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