Sociedade demanda recuperação sustentável e inclusiva, diz Campos Neto
Campos Neto destacou ainda, que, assim como o Brasil, vários países terão que desenvolver programas sociais de renda ou um imposto negativo
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a sociedade demanda, em todos os países, que a retomada econômica após a crise causada pela pandemia de Covid-19 seja sustentável e inclusiva.
“Um ponto importante é qual a características principais da recuperação e a sociedade demanda que a retomada seja inclusiva e sustentável”, disse nesta segunda-feira (9), em participação no Greenwich Economic Forum 2020, promovido pelo The Economist. Segundo ele, o desafio é como fazer isso por meio do investimento privado.
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Campos Neto destacou ainda, que, assim como o Brasil, vários países terão que desenvolver programas sociais de renda ou um imposto negativo. “Todo país está falando sobre um programa de voucher”, comentou.
Na avaliação dele, isso vai ser consequência de um novo cenário em que, apesar da retomada econômica, o emprego levará mais tempo para se recuperar. “Na maioria dos casos, o PIB vai voltar rápido mas o emprego não. Como a economia está voltando rapidamente e vemos uma aceleração da tecnologia, não dá tempo para que os trabalhadores informais sejam realocados. Isso significa que os governos terão que fazer mais programas de apoio social”, explicou.
Ele ressaltou que a cadeia global de consumo e o uso da tecnologia também devem apresentar novos padrões. “A mudança no padrão de consumo irá acelerar uso de tecnologia. Essa crise acelerou a tecnologia ao ponto de que teremos um novo equilíbrio”, avaliou.
Para Campos Neto, a vacina para Covid-19 vai ser um “game changer” na política e economia mundial. Ele citou a reação do mercado financeiro à notícia de que a vacina desenvolvida pela Pfizer é 90% eficaz na prevenção contra a doença.
O presidente do BC também citou a preocupação com o meio ambiente, e ressaltou que o Brasil trabalha no fomento à investimentos ambientalmente sustentáveis. “Temos que trabalhar para encontrar a precificação do carbono, por exemplo”, observou.
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