Setor público consolidado registra superávit de R$ 27,1 bilhões em outubro

O setor público consolidado, que engloba os governos federal e regionais, registrou um superávit primário de R$ 27,1 bilhões em outubro deste ano. No mesmo mês do ano anterior, o resultado do setor público havia sido superavitário em R$ 35,4 bilhões.

Nos doze meses encerrados em outubro deste ano, o setor consolidado já registra um superávit de R$ 173,1 bilhões, equivalente a 1,82% do PIB.

O governo central e as empresas estatais apresentaram, respectivamente, superávits de R$ 30,2 bilhões e de R$ 711 milhões. Os governos regionais registraram déficit de R$ 3,9 bilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (30) na nota de Estatísticas Fiscais do Banco Central.

Ainda segundo a nota do Banco Central, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que compreende governo federal, INSS e governos estaduais e municipais, atingiu 76,8% do PIB em outubro deste ano, com um estoque de R$ 7,3 trilhões. Isso representa uma redução de 0,3 ponto percentual do PIB, em relação ao mês anterior.

De acordo com o BC, “essa evolução decorreu, principalmente, do efeito do crescimento do PIB nominal (-0,7 p.p.), dos resgates líquidos de dívida (-0,1 p.p.), dos juros nominais apropriados (+0,6 p.p.) e do efeito da valorização cambial (-0,1 p.p.)”.

Juros nominais

Os juros nominais apropriados do setor público consolidado somaram R$ 41,6 bilhões em outubro deste ano, enquanto no mesmo de 2021, esse valor foi de R$ 60,4 bilhões. Segundo o Banco Central, o aumento foi influenciado, principalmente, pelo resultado das operações de swap cambial.

Considerando os juros nominais apropriados, o resultado nominal do setor público consolidado foi deficitário em R$ 14,5 bilhões em outubro de 2022. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 400,1 bilhões, equivalente a 4,21% do PIB. Isso aponta uma redução de 0,15 p.p. em relação ao déficit acumulado até setembro de 2022.