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    SAP vê receita estável em 2021, mas prevê queda no lucro operacional

    As ações já perderam mais de 25% de seu valor desde seu recorde histórico em setembro, avaliando a empresa em US$ 156 bilhões

    Douglas Busvine, da Reuters

    A desenvolvedora de softwares corporativos SAP previu uma receita estável e queda no lucro operacional em 2021, após divulgar os resultados do quarto trimestre que superaram as expectativas do mercado, elevando suas ações nesta sexta-feira (15).

    Dando uma visão antecipada dos resultados de 2020 e definindo a perspectiva para 2021, a SAP disse que a receita ajustada, em moeda constante, deve crescer em 2% neste ano, enquanto o lucro operacional ajustado cairá de 1% a 6%.

    O presidente-executivo Christian Klein suspendeu suas metas de lucro de médio prazo em outubro e disse que a SAP apostaria tudo na migração para a computação em nuvem, alertando que os negócios demorariam mais do que o esperado para se recuperar da pandemia de coronavírus.

     

    A receita da SAP em 2020 superou sua perspectiva, enquanto o lucro atingiu o teto da previsão, disse a empresa em comunicado antes de divulgar os resultados totais em 29 de janeiro.

    “Nosso forte final de ano e o próximo lançamento de nossa nova oferta de transformação holística de negócios nos posicionam bem para cumprir nossas novas metas”, disse Klein em comunicado junto com a divulgação dos resultados.

    As ações da SAP subiam 1,4% em Frankfurt. Elas perderam mais de 25% de seu valor desde seu recorde histórico em setembro, avaliando a empresa em US$ 156 bilhões. O vice-presidente financeiro, Luka Mucic, destacou a geração recorde de fluxo de caixa em 2020, que dobrou ante os 7 bilhões de euros em 2019.

    A unidade de nuvem seguiu impactada pela receita de transações com pagamento conforme o uso, como no Concur, aplicativo de gerenciamento de despesas, afetado por uma queda nas viagens corporativas.

    A SAP disse que sua mudança para serviços em nuvem baseados em assinatura impulsionará o crescimento e as margens de lucro a longo prazo, mas se livrar das taxas iniciais que suas licenças de software geram criará um problema no curto prazo.

    A receita de nuvem não auditada e em moedas constantes aumentou 13% no quarto trimestre, enquanto a carteira atual da nuvem — o indicador preferido da empresa de desempenho de vendas — cresceu 14%, também em moeda constante.

    O lucro operacional trimestral cresceu com apoio de menores despesas de compensação baseadas em ações, aumentando 3% em moeda constante. A margem operacional ajustada, também em moeda constante, cresceu 1,5 ponto percentual, para 36,8%.

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