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    Retomada desigual entre países deixará mais cicatrizes entre emergentes, diz FMI

    Países com vacinação mais lenta e apoio econômico escasso terão "cicatrizes" bem maiores do que economias desenvolvidas, alerta economista-chefe do órgão

    Foto: Agência Brasil

    Gabriel Caldeira, do Estadão Conteúdo

     

    A economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, prevê uma recuperação desigual da crise do novo coronavírus, em que países com vacinação mais lenta e apoio econômico escasso terão “cicatrizes” bem maiores do que economias desenvolvidas.

    Durante painel organizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ela afirmou que a vacinação global é o principal problema a se resolver no momento e defendeu que os países ricos “deem um passo atrás” e a priorizem, antes de vacinar toda a sua população local.

     

    Gopinath citou a atual situação da covid-19 na Índia, que registra um forte recrudescimento da doença, como um exemplo que demonstra como o período logo após a pandemia será de grande desigualdade entre países.

    A piora das crises sanitárias na Argentina e no Brasil também foi citada pela economista-chefe do FMI, que classifica o atual momento da economia global como “muito estressante”.

    “Teremos um período de três a nove meses de vacinação insuficiente em diversos países”, projeta Gopinath.

    Para mitigar este problema, ela sugere que países sigam o exemplo dos Estados Unidos e subsidiem a produção de insumos para a fabricação dos imunizantes.

    Ela alertou, ainda, contra a retirada precipitada das medidas restritivas em países emergentes, de forma a não permitir novas ondas de casos e mortes pela covid-19.