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    Repatriação de recursos do exterior vai custear isenção do Simples, diz relator

    A ideia é oferecer aos brasileiros que têm dinheiro fora do país a opção de pagar 6% de imposto agora e ficar isento quando repatriar o recurso

    O deputado federal Celso Sabino (PSDB-PR) (25.fev.2021)
    O deputado federal Celso Sabino (PSDB-PR) (25.fev.2021) Foto: Reprodução/CNN

    Raquel Landimda CNN

    O deputado Celso Sabino (PSDB-PA), relator da medida provisória que altera o imposto de renda, disse à CNN que o governo pretende fazer mais uma rodada de repatriação de recursos que estão no exterior.

    A ideia é oferecer aos brasileiros que têm dinheiro fora do país a opção de pagar 6% de imposto agora e ficar isento quando repatriar o recurso. Hoje é preciso pagar 15% de ganho de capital quando o dinheiro entra no Brasil.

    A medida seria uma forma de compensar a queda na arrecadação que vai ser provocada por outra alteração em estudo na legislação do imposto de renda. Para facilitar a aprovação da reforma no Congresso, o relator pretende isentar do pagamento de lucros e dividendos as empresas que estão no Simples.

    “Estamos quase chegando num texto maduro, com condições de ser aprovado na Câmara logo na volta do recesso no início de agosto”, disse Sabino. 

    Para Heleno Torres, professor de direito tributário da USP, a repatriação é bem-vinda, mas só ocorre uma vez. Por isso, não pode ser utilizada para compensar a não tributação dos dividendos das empresas do Simples ao longo do tempo. “Essa reforma se tornou um pacotão de emendas. Falta política fiscal”, diz Torres.

    Texto deve entrar em votação na próxima semana

    Sabino afirmou que o texto da reforma do IR deve entrar em votação na próxima semana com a volta do recesso na Câmara dos Deputados. Mais cedo, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) havia previsto esse prazo em sua conta no Twitter.

    Após se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, Sabino disse ainda que vai trazer governadores e prefeitos para o diálogo para garantir que não haja prejuízo a estados e municípios. Ele comentou a proposta de criar gatilhos na reforma para o caso de queda de arrecadação pelos entes. “Nenhuma prefeitura vai perder nenhum centavo, não vamos aceitar”.

    Na saída da reunião, Guedes disse que o relator tem “proposta ousada” de redução de tributos para empresa também nos anos seguintes à entrada em vigor da reforma

    (Com informações do Estadão Conteúdo)