Psicóloga alerta para risco de pessimismo exagerado durante crise
Profissional explica como reflexos da pandemia impactam lado emocional
A pandemia de Covid-19 não impactou apenas a saúde. A evolução do quadro da doença por todo o mundo fez com que setores da economia também fossem duramente impactados. Como consequência da pandemia, o Produto Interno Bruto (PIB) despencou, pessoas foram demitidas e algumas tiveram seus salários reduzidos.
À CNN, Vera Rita Ferreira, doutora em psicologia econômica avaliou o cenário atual e como ele influencia os brasileiros. “Manter o equilíbrio emocional é um desafio muito grande porque um dos maiores motivadores do ser humano é justamente a aversão à perda. A gente detesta perder tudo. Não queremos perder tempo, amigos, segurança e mais do que tudo a gente não quer perder dinheiro”, avaliou.
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Na avaliação da especialista, o pessimismo não pode se tornar algo excessivo em momentos críticos. “Quanto mais sobre pressão nós nos encontramos, mais extremadas são as nossas reações ao estímulos e fatos”, afirmou. E continuou: “Não tem como fugir, mas você pode buscar apoio em pessoas que estão vendo as coisas com uma perspectiva de encaminhamento. Também não recomendo sair do pessimismo para o otimismo esvaziado”.
A prática de meditação e yoga, por exemplo, está na lista de atividades que auxiliam na busca por equilibrio emocional e corporal, explica. “A terapia também pode auxiliar e muito neste processo. Lembrando que você não é a única pessoa que está triste, assutada com tudo isso. Estamos vivendo uma incerteza inétita e muitas pessoas está sentindo tudo isso”, conclui.
(Edição: Leonardo Lellis)