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    Prorrogação de quarentena foi ‘balde de água fria’, diz FecomercioSP

    Segundo Guilherme Dietze, assessor econômico da entidade, setor prevê queda de 11% no ano, gerando um prejuízo de R$ 83 bilhões para o comércio varejista de SP

    Da CNN, em São Paulo

    Guilherme Dietze, assessor econômico da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo), disse à CNN na tarde desta sexta-feira (8) que a prorrogação da quarentena no estado de São Paulo até o dia 31 de maio em razão da proliferação do novo coronavírus foi “um balde de água fria na expectativa do empresário”.

    O adiamento da reabertura das atividades não essenciais foi anunciado hoje pelo governador João Doria (PSDB). O estado de São Paulo é o epicentro da pandemia no país, com 41.830 casos confirmados e 3.416 mortes.

    “O setor está esperando uma queda para o ano de 11%, o que gera um prejuízo de R$ 83 bilhões para todo o comércio varejista no estado de São Paulo. Obviamente que respeitamos todo o protocolo de saúde, mas ficamos reféns da falta de medidas, da abertura gradual da economia, para que os varejistas tenham um horizonte minimamente mais claro do que está tendo no momento”, afirmou Dietze. 

    Dietze disse ainda que “é preciso preservar vidas”, mas que postergar o isolamento social sem dar uma previsão mais precisa sobre a reabertura da economia traz muita incerteza para o empresariado.

    “Para o empresário, é mais importante ter um cenário negativo do que propriamente a incerteza. A incerteza mata a expectativa dos empresários”, afirmou.

    Crédito

    Dietze também falou o que, para a Fecomercio, será necessário para conter o impacto negativo da pandemia nos pequenos e médios negócios. Segundo ele, o grande problema hoje é a dificuldade de o crédito anunciado para empresas chegar na ponta, principalmente para o micro e pequeno empresário. 

    “Os empresários têm vindo dia a dia reclamar que, na hora de buscar esse crédito que está sendo anunciado com condições especiais, como taxa de juros baixas e pagamento mais alongado, [ele] está sendo negativado por falta de garantia, excesso de documentação e falta de informação”, explicou.