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    Projeção para demanda global de petróleo tem ‘declínio histórico’, diz Opep

    Previsão para este ano passou de alta de 6,9 milhões de barris por dia (bpd) para queda de 6,8 milhões de bpd

    A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) previu nesta quinta-feira (16) que a demanda global da commodity este ano passará de uma alta de 6,9 milhões de barris por dia (bpd), estimada antes, para uma queda histórica de 6,8 milhões de bpd.

    De acordo com o relatório mensal da entidade que tem sede em Viena e agora divulgado, trata-se de um “declínio histórico” do consumo, que deverá ser de 92,82 milhões de bpd em 2020.

    A contração prevista pela instituição para o segundo trimestre deste ano deve ser de cerca de 12 milhões de bpd, com o mês de abril testemunhando a pior queda, de cerca de 20 milhões de bpd. Para 2019, a Organização manteve a projeção de avanço do consumo mundial inalterada em 830 mil bpd em relação ao documento do mês passado.

    “Espera-se que os bloqueios em muitas áreas, já que os governos buscam conter a propagação da covid-19 nos Estados Unidos, Europa, ‘Outra Ásia’, Oriente Médio e outras regiões, reduzam substancialmente as distâncias percorridas e, assim, afetem negativamente o crescimento da demanda por gasolina no segundo trimestre do ano”, trouxe o documento.

    O combustível para aviação também enfrentará “sérios desafios” de demanda este ano, de acordo com a entidade, que cita as frotas das companhias aéreas em terra em resposta ao fechamento de aeroportos e reduções significativas nas operações de voo. Já os combustíveis industriais serão impactados pela previsão de uma recessão global.

    “Sem exceção, a demanda por petróleo em todas as regiões foi revisada para baixo em comparação ao relatório de março para refletir esses desenvolvimentos, com a maioria das mudanças ocorrendo no primeiro semestre do ano”, destacou a Organização.

    Leia também: Opep+ mira cortes de 20 milhões de barris de petróleo por dia, diz Trump

    A Opep avisou, no entanto, que também fez alterações para baixo em relação ao documento de março para o segundo semestre de 2020 e explicou que isso ocorreu em relação à expectativa de uma recuperação lenta projetada no consumo de produtos.

    Mais uma vez o principal item afetado é o combustível para transporte, apesar da expectativa de que haverá melhora do momento econômico global durante o período. Assim, na perspectiva da Organização, o consumo maior será na segunda metade de 2020.