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    Produtores de arroz criticam decisão de suspender taxa de importação

    Ministério da Agricultura quer importar 400 mil toneladas do produto

    A decisão de zerar a alíquota de importação do arroz desagradou os produtores do Sul do país. À CNN, Alexandre Velho, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), afirmou que há uma insegurança quanto ao número real do estoque para este ano. Segundo ele, o governo federal não quer arriscar em deixar consumidores sem arroz nas prateleiras dos mercados. 

    “Nós temos um posicionamento baseado em dados da própria Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e que, inclusive, fez uma apresentação há poucos dias, onde apresentou um estoque de passagem de pelo menos de 550 mil toneladas para esta safra. Então, baseado nestes números, a própria Conab diz que temos arroz suficiente para chegar na próxima safra”, afirmou.

    E acrescenta: “É por isso que a gente considera, com uma certa surpresa, esta medida que foi adotada. Nós respeitamos a atitude do governo. Conversei com a ministra [Tereza Cristina] e na verdade, o que existe é uma insegurança em relação a estes números. Nós não sabemos ao certo se este número de estoque de passagem está correto ou não. E o governo não quer arriscar faltar arroz na prateleira”

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    Exportação de arroz

    Produtores de arroz criticam decisão de suspender taxa de importação 

    Foto: Instituto Rio Grandense do Arroz/ Reprodução

    De acordo com Alexandre, o fato de que os produtores não obtêm o lucro esperado há mais de quatro anos também causa preocupação após decisão sobre a isenção da tarifa de importação. 

    Isso nos preocupa porque os produtores de arroz estão vendendo, nos últimos quatro ou cinco anos, o valor abaixo do custo de produção total. Este é o primeiro ano que ele supera o custo e que os produtores começaram a recuperar parte do que ficou perdido”, afirmou.

    Questionado quanto ao valor do produto exportado ser mais barato, o especialista explicou que é normal este movimento de importação e exportação em solo brasileiro.

    “O Brasil é autossuficiente de arroz, porém como a gente exporta sempre uma quantidade considerável e este ano, em função do câmbio, trouxe um incremento à esta exportação. O Brasil tem aberto novos mercados, entramos no México recentemente e tudo isso em função do dólar alto, que traz competitividade ao mercado brasileiro”, afirmou.

    (Edição: André Rigue)