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    “Prévia da inflação” tem alta de 0,95% em março, puxada pelo preço dos alimentos

    Analistas de mercado esperavam uma alta mensal de 0,87% e de 10,69% ante o mesmo mês do ano passado

    Ligia Tuondo CNN Brasil Business

    O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), considerado a “prévia da inflação” oficial, subiu 0,95% em março.

    O número é 0,04 ponto percentual (p.p.) abaixo do registrado em fevereiro (0,99%) e teve a maior variação para um mês de março desde 2015, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (25).

    Em 12 meses, o índice fica em 10,79%, acima dos 10,76% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, destaca o IBGE.

    Analistas de mercado esperavam uma alta mensal de 0,87% e de 10,69% ante o mesmo mês do ano passado.

    As nove categorias de bens e serviços consideradas pelo instituto para formar o índice tiveram alta no período.

    Alimentos e bebidas tiveram o maior impacto e a maior variação entre os grupos pesquisados em março, 0,40 p.p. e 1,95%, respectivamente. Os preços desse segmento mostraram aceleração de fevereiro a março (veja tabela abaixo).

    Esse movimento foi levado pelos preços de alimentos para consumo no domicílio (2,51%), que sofreram com fatores climáticos como estiagem no Sul e chuvas no Sudeste, destaca o instituto.

    Entre os itens do grupo, a cenoura mostrou a maior variação mensal, de 45,65%, seguida de tomate (15,46%) e das frutas (6,34%). Entre as quedas, fica o frango em pedaços, com recuo de 1,82%).

    / IBGE

     

    No grupo transportes, a alta mensal foi de 0,68%, liderada pela gasolina. Esse subitem é o de maior peso no IPCA-15 (6,40% do total), e teve alta de 0,83%, levada pelo reajuste de 18,77% do combustível nas refinarias, em 11 de março, diz o IBGE

    Outras altas destacadas na pesquisa foram: óleo diesel (4,10%) e gás veicular (5,89%). Do lado das quedas, ficam etanol, que recuou, 4,70%, e passagens aéreas, com recuo de 7,55%. Os preços desse último subitem caíram pelo terceiro mês consecutivo.

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