Prévia da inflação fica em 0,6% em abril puxada pela alta dos combustíveis
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,82% e em 12 meses, de 6,17%
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,6% em abril, abaixo da taxa de 0,93% registrada em março. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em 12 meses, porém, o índice acumula alta de 6,17%, bem acima do teto da meta do governo e no maior nível desde o final de 2016.
Fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o centro da meta este ano é de 3,75%. No entanto, a margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo permite que o índice varie de 2,25% a 5,25%.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,82%. Em abril de 2020, a taxa havia sido de -0,01%.
Pressão dos preços dos combustíveis
Com alta de 1,76%, os transportes foram a principal influência no índice. A gasolina (5,49%) permanece como o produto com o maior impacto, embora tenha registrado desaceleração em relação ao resultado de março, quando ficou em 11,18%. Óleo diesel (2,54%) e o etanol (1,46%) tiveram altas, mas também inferiores aos índices de março.
As passagens aéreas (6,27%) voltaram a subir, após três quedas consecutivas. Os preços dos automóveis novos (0,41%) e usados (0,80%) e dos pneus (2,63%) seguem em alta, afirmou o IBGE.
Já as principais quedas foram de seguro voluntário de veículo (-3,14%), transporte por aplicativo (-3,55%) e aluguel de veículo (-6,04%).
Café da manhã mais caro
A alimentação no domicílio passou de queda de 0,03% em março para alta de 0,19% em abril, com o café da manhã mais caro para os brasileiros. O pão francês registrou alta de 1,73% e o leite longa vida de 1,75%. No mês anterior, os preços desses produtos haviam recuado.
As carnes (0,61%) seguem em alta, embora tenham apresentado variação menor que a de março (1,72%).
Já os principais impactos negativos no grupo vieram da cenoura (-13,58%), da batata-inglesa (-5,03%), das frutas (-2,91%) e do arroz (-1,44%).
Gás de botijão em alta
No grupo habitação, o maior impacto veio do gás de botijão (2,49%), que acumula alta de 20,22% nos últimos 12 meses, afirma o IBGE.
*(Com Reuters)