‘Preferiam que eu rompesse o teto?’, questiona Guedes sobre PEC dos precatórios
Segundo o ministro da economia, a emissão de quase R$ 100 bilhões em dívida iriam jogar os juros e a inflação "na lua"
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a rebater críticas à PEC (Proposta de Emenda Constitucional) dos precatórios. Ele reforçou que a solução proposta pelo governo foi a melhor para garantir previsibilidade para a conta, sem tornar o orçamento inexequível.
“Preferiam que eu rompesse o teto? Se eu falasse que iria pagar os R$ 90 bilhões agora, ia violar a Lei de Responsabilidade Fiscal, furar o Teto e iam falar que não há compromisso fiscal. […] As pessoas têm que entender que a PEC dos precatórios foi para cumprir a responsabilidade fiscal, para dar previsibilidade”, argumentou em entrevista ao programa Economia em Foco, da Jovem Pan, exibido nesta sexta-feira (13).
Ainda segundo ele, a emissão de quase R$ 100 bilhões em dívida iriam jogar os juros e/ou a inflação “na lua”.
“O ritmo de crescimento é assustador: ano que vem poderia ser R$ 150 bi, no seguinte R$ 230 bilhões. Mais vale a pena entrar na indústria de precatórios do que qualquer outro negócio no Brasil”, criticou ao lembrar que o Supremo Tribunal Federal (STF) já autorizou o parcelamento do pagamento de precatórios para estados e municípios.