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    Política ou negócios? Mercado se divide entre riscos e oportunidades

    A comentarista de economia da CNN Thais Herédia ouve especialistas sobre os temas que circulam por Brasília, cada vez mais quentes

    Abertura de Mercado
    Abertura de Mercado Foto: CNN

    do CNN Brasil Business*

    A bolsa de valores retrocedeu nada mais que três meses na quinta-feira (12), para ao redor de 120 mil pontos. Apesar da série de bons resultados de empresas, as que caíram puxaram com mais força o Ibovespa, como Ultrapar, Minerva, ViaVarejo e a própria B3.

    Na leva de grandes resultados, destaque para o varejo, que se mostra otimista com a retomada da economia e contagiou o mercado. Magalu, por exemplo, teve lucro de quase R$ 90 milhões e crescimento de 60% nas vendas no trimestre. As vendas da Renner subiram quase 13% na base anual e 12% a mais na comparação com 2019.

    A agitação na política continua impactando no mercado. Enquanto a CPI da Pandemia rolava quente com o depoimento do líder do governo Ricardo Barros nesta quinta, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-PA), lutava para encaminhar projetos. O principal deles é a reforma do Imposto de Renda.

    Já falamos sobre a complexidade do sistema tributário brasileiro e o fiasco de uma solução simplória. Mas pretexto e propósito não estão se encontrando. A votação da proposta está marcada para a próxima terça-feira (17), após ter sido cancelada da agenda de quinta, conforme tinha sido prometido pelo próprio Lira.

    Sumido do debate da reforma tributária, o ministro da Economia, Paulo Guedes, foi na quinta-feira à Comissão de Educação da Câmara dos Deputados explicar a proposta de parcelamento de precatórios, que pode impactar muita gente. Em sua explicação, Guedes assumiu que não tem como pagar a conta de R$ 90 bi de 2021 sem estourar o teto de gastos. Mas a verdade é que a conta já estourou, já que a conta vai ter que ser paga se a mudança não for feita. A principal consequência será que o Bolsa Família continuará do tamanho que está.

    Mesmo vendo o sufoco de Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda quer R$ 15 bilhões para zerar os impostos para o diesel no ano que vem.

    E o que esquenta também é o setor de serviços. O resultado de 1,7% aliviou o susto com o comportamento do comércio. Anima porque o setor é o maior da economia e costuma ser o último a se recuperar. Mas apesar de animador, o resultado também pode indicar uma previsão um pouco preocupante. “Esse avanço nos Serviços em geral vai provocar também uma aceleração da inflação. A expectativa é que como esse setor ficou longo período sem repassar aumentos de preço no último ano, ano e meio, pode ser que aproveitem a retomada para uma remarcação de preços”, avalia Felipe Sichel, estrategista-chefe do Modalmais.

     

    Antes da pandemia, a inflação dos serviços estava mais civilizada porque, nem a atividade econômica tinha acelerado tanto, nem o desemprego tinha baixado tanto. A ameaça agora é diferente. A alta dos preços dos serviços chega num momento de inflação alta demais, com bens e produtos demandados como nunca durante a pandemia. 

    Em evento, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou a preocupação do BC com a inflação e disse que o banco vai usar todos os instrumentos para colocar a inflação de volta na meta. Para isso, vai ter que convencer que o país não vai se perder nos gastos públicos em ano eleitoral.

    Neste episódio do Abertura de Mercado, a comentarista de economia da CNN Thais Herédia ouve especialistas sobre os temas que circulam por Brasília, cada vez mais quentes, além, claro, de outras questões que mexem com a economia e influenciam o mercado.

    Conheça os podcasts da CNN Brasil:

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    *Publicado por Ana Carolina Nunes