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    PNAD: 11 estados registram aumento no desemprego durante 2° tri; Bahia lidera

    No 2º trimestre de 2020, a taxa de desocupação no Brasil chegou a 13,3%, aumento de 1,1 ponto percentual em relação ao primeiro tri

    Pessoas com máscaras faciais caminham em rua de comércio popular em São Paulo durante pandemia de Covid-19
    Pessoas com máscaras faciais caminham em rua de comércio popular em São Paulo durante pandemia de Covid-19 Foto: Amanda Perobelli/Reuters (15.jul.2020)

    Do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    No 2º trimestre de 2020, a taxa de desocupação no Brasil chegou a 13,3%, aumento de 1,1 ponto percentual em relação ao primeiro tri (12,2%), dados já anunciados pelo IBGE. Mas a crise vem afetando a população de maneiras diferentes.

    Entre os estados, 11 tiveram aumento na taxa, 14 se mantiveram estáveis e 2 melhoraram o ambiente de trabalho (Amapá e Pará). É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) Trimestral, divulgada na manhã desta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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    As maiores taxas foram observadas na Bahia (19,9%), Sergipe (19,8%), Alagoas (17,8%), Amazonas (16,5%), Rio de Janeiro (16,4%) Roraima (16,3%) e Maranhão (16,0%), enquanto as menores em Santa Catarina (6,9%), Pará (9,1%), Rio Grande do Sul (9,4%) e Paraná (9,6%).

    Ocorreu em Sergipe a maior alta, cuja taxa de desemprego cresceu 4,3 pontos porcentuais (p.p.). Outros aumentos relevantes ocorreram em Mato Grosso do Sul (+3,7 p.p.) e Rondônia (+2,3 p.p). Segundo o IBGE, apenas Amapá e Pará tiveram queda na taxa (-5,8 p.p. e -1,6 p.p. respectivamente). Os demais Estados apresentaram estabilidade na taxa de desemprego.

    Em termos regionais, a força de trabalho do Nordeste vem sofrendo mais com a crise e acumula 16,1% de desocupados. O Sudeste registrou aumento de 12,4% para 13,9%, o Sul, de 7,5% para 8,9%, e o Centro-Oeste de 10,6% para 12,5%. O Norte se manteve estável.

    Mulheres e pretos sofrem mais

    Enquanto 12,0% dos homens não estão ocupados, 14,9% das mulheres não têm emprego. Já a taxa de desocupação por cor ou raça mostrou que o índice dos que se declararam brancos (10,4%) ficou abaixo da média nacional. Entretanto, as taxas das pessoas que se declararam pretas (17,8%) e pardas (15,4%) ficaram acima.

    Os jovens entre 18 a 24 anos de idade, (29,7%), também apresentaram patamar elevado de desocupação em relação à taxa média total. A maior taxa, no entanto, ocorreu entre os menores de idade (42,8%), e a menor, entre os idosos (60 anos ou mais) com 4,8%. 

    PNAD Covid-19

    A taxa de desemprego no País diminuiu de 13,7% na quarta semana de julho para 13,3% na primeira semana de agosto, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19), divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    A população desempregada foi estimada em 12,6 milhões de pessoas na primeira semana de agosto, cerca de 300 mil a menos que o registrado na quarta semana de julho. O total de ocupados foi de 81,6 milhões na primeira semana de agosto, cerca de 400 mil a mais que o patamar da quarta semana de julho, quando havia 81,2 milhões de pessoas ocupadas.

    Cerca de 4,7 milhões de trabalhadores, o equivalente a 5,7% da população ocupada, estavam afastados do trabalho devido às medidas de isolamento social na primeira semana de agosto. O resultado representa cerca de 1,1 milhão de pessoas a menos que o patamar de uma semana antes, quando esse contingente somava 5 8 milhões ou 7,1% da população ocupada.

    A população ocupada e não afastada do trabalho foi estimada em 74,7 milhões de pessoas, ante um contingente de 72,3 milhões de trabalhadores registrado na semana anterior.

    Na primeira semana de agosto, 8,6 milhões de pessoas trabalhavam remotamente. Na semana anterior, havia 8,3 milhões de pessoas em trabalho remoto.

    A população fora da força de trabalho – que não estava trabalhando nem procurava por trabalho somou 76,1 milhões na primeira semana de agosto, ante um total de 76 milhões na semana anterior. Entre os inativos, cerca de 28,1 milhões de pessoas, ou 36,9% da população fora da força de trabalho, disseram que gostariam de trabalhar. Aproximadamente 18,3 milhões de inativos que gostariam de trabalhar alegaram que não procuraram trabalho por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam.

    O nível de ocupação foi de 47,9% na primeira semana de agosto, ante um patamar de 47,7% na semana anterior. A proxy da taxa de 33,5% na quarta semana de julho para 34,2% na primeira semana de agosto.

    A Pnad Covid informou ainda que 13 milhões de pessoas, o equivalente a 6,2% da população brasileira, apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à síndrome gripal (febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular) investigados pela pesquisa. Na semana anterior, esse contingente era de 13,3 milhões de pessoas.

    Cerca de 3,2 milhões de pessoas, 24,3% dos que apresentaram algum sintoma, procuraram estabelecimento de saúde em busca de atendimento médico. Mais de 82% desses atendimentos ocorreram na rede pública de saúde.

    Entre os que procuraram atendimento, 136 mil (14%) foram internados, ante um total de 159 mil internações na semana anterior.

    *Com informações do Estadão Conteúdo