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    Petróleo sobe e recupera parte das perdas da sessão anterior, de olho na Ômicron

    Petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 2,64% a US$ 69,95 o barril, na Nymex e o Brent para fevereiro subiu 2,28% a US$ 73,22 o barril

    Ilana Cardial, do Estadão Conteúdo

    Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta de cerca de 2%, após terem despencado na semana passada. A commodity recuperou parte das perdas, com notícias oferecendo uma melhor perspectiva sobre a nova variante do coronavírus, a ômicron.

    O WTI, no entanto, não conseguiu retomar a marca de US$ 70 por barril, após uma perda de fôlego perto do fim da sessão.

    O petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 2,64% (+US$ 1,80), a US$ 69,95 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para fevereiro subiu 2,28% (+US$ 1,63), a US$ 73,22 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

    Na última sexta-feira (26) os mercados se apavoravam em meio às preocupações sobre a demanda por petróleo com a chegada da cepa ômicron e consequentes restrições de viagens impostas entre países.

    A Rystad Energy avaliou a venda expressiva de ativos como um erro e pontuou que o movimento lembrou abril de 2020.

    A analista Louise Dickson afirma que o risco de novos lockdowns tem ficado em segundo plano nas negociações de petróleo até que o perigo pareça iminente.

    Para ela, o maior risco à demanda pelo óleo está na China, que, desde o pico de casos pela variante delta, já provou que fará o que for preciso para conter o avanço da Covid-19 no país.

    Hoje, o presidente americano Joe Biden disse não ver no momento necessidade de ampliar restrições de viagens e garantiu que não está nos planos um novo lockdown. Em reunião entre ministros da saúde do G7, o grupo reforçou a necessidade de agir com urgência.

    Por conta do vírus, a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) foi adiada para a quinta-feira da semana que vem, 09 de dezembro, reportou a Reuters. O cartel ainda não confirmou formalmente o adiamento.

    O economista de mercado Thomas Mathews, da Capital Economics, pontua que provavelmente fatores ligados à oferta de petróleo e não relacionados diretamente com a variante, como a liberação de estoques por países, provavelmente também pesaram sobre os preços da commodity recentemente.

    Mathews ainda avalia que a relação entre os preços do óleo e da inflação nos Estados Unidos deve seguir mais fraca do que no passado.

    “Portanto, se, por exemplo, as notícias sobre o vírus derrubassem ainda mais os preços do petróleo, suspeitamos que a compensação da inflação continuaria a se sustentar um pouco mais do que durante quedas semelhantes de preços de petróleo no passado”, diz.

    Nos EUA, uma autoridade afirmou que o país pode liberar mais barris de sua reserva de petróleo caso haja necessidade, como reportou a CNBC.

    O vice-premiê da Rússia, Alexander Novak, por sua vez, disse que o país não vê no momento necessidade de qualquer ação urgente no mercado da commodity por conta da nova cepa, como reportou a Tass.