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    Pedidos de auxílio-desemprego voltam a aumentar nos Estados Unidos

    Dado sugere que uma novas infecções por Covid-19 e restrições comerciais estavam impulsionando as dispensas e minando a recuperação do mercado de trabalho

    <strong>Desempregada fotografa aviso nos Estados Unidos (EUA)</strong>
    Desempregada fotografa aviso nos Estados Unidos (EUA) Foto: Angela Weiss - 26.mar /AFP/Getty Images

    O número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego pela primeira vez aumentou ainda mais na semana passada, sugerindo que uma explosão de novas infecções por Covid-19 e restrições comerciais estavam impulsionando as dispensas e minando a recuperação do mercado de trabalho.

    Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 778 mil em dado com ajuste sazonal na semana encerrada em 21 de novembro, em comparação com 748 mil na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho dos EUA nesta quarta-feira (25).

    Economistas consultados pela Reuters previam 730 mil solicitações na última semana. O relatório semanal de pedidos de auxílio-desemprego, o dado mais oportuno sobre a saúde da economia, foi publicado um dia antes por causa do feriado norte-americano do Dia de Ação de Graças, na quinta-feira.

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    Os Estados Unidos foram afetados por uma nova onda de infecções por coronavírus, com os casos diários excedendo 100 mil desde o início de novembro. Mais de 12 milhões de pessoas foram infectadas no país, de acordo com uma contagem de dados oficiais da Reuters.

    A doença respiratória matou mais de 257 mil norte-americanos e as hospitalizações estão disparando, levando os governos estaduais e locais a reimpor uma série de restrições à vida social e econômica nas últimas semanas, o que poderia manter os pedidos de auxílio-desemprego acima do pico de 665 mil visto durante a Grande Recessão de 2007-09.

    Os pedidos caíram ante um recorde de 6,867 milhões alcançado em março, já que cerca de 80% das pessoas temporariamente dispensadas em março e abril foram recontratadas, respondendo pela maior parte da recuperação no crescimento do emprego nos últimos seis meses.

    Essa melhoria, que se espalhou para a economia em geral por meio de gastos robustos do consumidor, foi estimulada por mais de 3 trilhões de dólares em alívio do governo em resposta ao coronavírus.

    Um relatório separado do Departamento de Comércio dos EUA divulgado nesta quarta-feira confirmou o ritmo histórico de expansão da economia no terceiro trimestre. O Produto Interno Bruto norte-americano cresceu a uma taxa anualizada não revisada de 33,1%, disse o governo em sua segunda estimativa do terceiro trimestre.

    A economia recuou a uma taxa de 31,4% no segundo trimestre, a mais profunda desde que o governo começou a manter registros em 1947.

    Mas o estímulo fiscal já expirou e outro pacote de resgate é esperado apenas depois que o presidente eleito Joe Biden tomar posse, em 20 de janeiro. O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está fortemente focado em contestar sua derrota eleitoral para Biden.

    As estimativas de crescimento para o quarto trimestre estão abaixo de uma taxa anualizada de 5%. Apesar do progresso encorajador no desenvolvimento de vacinas, o aumento das infecções por Covid-19 com o início da estação fria no Hemisfério Norte levou os economistas a reduzirem drasticamente suas previsões de crescimento do PIB para o primeiro trimestre de 2021.