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    País deve ter dois meses de deflação por conta de queda de combustíveis, diz economista

    Para o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, IPCA deve apresentar queda por conta da redução nos preços dos combustíveis

    Thiago Félixda CNN em São Paulo

    O economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, disse, em entrevista à CNN, nesta terça-feira (26), que o país deve ter pela frente dois meses de deflação. Para o economista, os resultados são esperados por conta da redução nos preços dos combustíveis, que ocorre a partir do teto estabelecido para as alíquotas do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

    “Vamos ter dois meses em que a inflação vai ser negativa. Os preços vão cair justamente por conta do alívio dos combustíveis e, no final do ano, [o IPCA] deve terminar 2022 perto de 7,2%, um certo alívio ao que vinhamos observando”, disse.

    Nesta terça-feira, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os resultados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), considerado uma “prévia da inflação oficial”. De acordo com o instituto, o índice desacelerou para 0,13% em julho na comparação com o mês de junho.

    No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,79% e, em 12 meses, de 11,39%, abaixo dos 12,04% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, disse o instituto. Em julho de 2021, a taxa foi de 0,72%.

    Honorato comentou também sobre as perspectivas para a taxa de juros do país. Segundo o economista, o Banco Central (BC) deve anunciar uma nova alta da taxa Selic de 0,5 ponto percentual na próxima reunião e o resultado pode impactar as expectativas de crescimento do Brasil em 2023.

    “É difícil imaginar que nesse ambiente, a economia, a indústria vão ter uma performance muito boa, é um ano difícil, é um ano complicado… com um desafio importante que é estabelecer uma política econômica que dê confiança para a sociedade e para os investidores, de que as contas públicas ficarão em ordem, não vai ter excesso de gastos e, com isso, o Banco Central poderia cortar os juros”, afirmou.

    Ainda nesta terça-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou de forma expressiva sua estimativa para o crescimento da atividade brasileira em 2022. Na revisão das estimativas globais em seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI passou a ver crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil neste ano de 1,7%, bem acima da taxa de 0,8% calculada em abril.

    Contudo, para 2023, o relatório do FMI mostra que a expansão da atividade será de 1,1%, 0,3 ponto percentual a menos do que o previsto em abril.

    Veja mais no vídeo acima.