Confira os fundos que mais renderam — e os que tiveram pior retorno — no 1º tri
Levantamento da Economatica aponta os melhores (e os piores) fundos multimercados, de ações e de renda fixa
É verdade que rentabilidade do passado não é garantia de retorno no futuro, mas o espelho retrovisor ajuda a identificar as tendências de investimentos e distinguir os gestores que souberam ganhar dinheiro em tempos de incerteza. Por isso, a consultoria Economatica fez um levantamento, a pedido do CNN Brasil Business, dos fundos multimercados, de ações e de renda fixa que mais (e menos) renderam no primeiro trimestre deste ano. O estudo traz ainda a valorização (e a perda) dos mesmos fundos em 12 meses até março.
É bom lembrar que a carteira de investimentos deve seguir o perfil do investidor. Logo, se for conservador, não faz sentido ter uma grande exposição a fundos de ações, por exemplo, pois os riscos e a volatilidade são maiores do que em fundos de renda fixa.
Também é importante frisar a importância de diversificar os ativos. Nesse sentido, vale a pena comparar os resultados abaixo com o retorno de outras categorias de investimento.
Para se ter ideia, em 12 meses até março, a rentabilidade real (descontada a inflação) da poupança ficou negativa em 4,16%. Já quem investiu em um fundo de índice que replica o Ibovespa embolsou uma valorização real de 50%.
Multimercados
Na onda do avanço de investimentos ligados à cannabis, o fundo multimercado mais rentável no primeiro trimestre e nos últimos 12 meses foi o Trend Cannabis FI Mult, da XP Allocation Asset Management. O fundo fechou o trimestre com um retorno de 56,78% e de 94,51%, em 12 meses.
Em segundo e em terceiro lugares, aparecem fundos de criptoativos, em linha com as tendências vistas nos últimos meses. O Hashdex Criptoatia Discovery FICFI Mult teve um retorno trimestral de 21,17% e de 60,84%, no período de 12 mezes, enquanto o Blp Criptoativos FI Mult saltou 18,24% entre janeiro e março e fechou os últimos 12 meses com alta de 56,74%.
Fundos de renda fixa
Os fundos de renda fixa têm tido dificuldade para dar retornos vultosos, como faziam antigamente, quando a taxa básica de juros do país era de dois dígitos. O que se deu melhor no primeiro trimestre deste ano foi o BB Prev RF Tit Publ VII FI, da BB Dtvm, fechando o período de três meses com um retorno de 0,67% e o de 12 meses com alta de 7,11%.
Outros que se saíram bem no trimestre foram os fundos Socopa RF Ref DI LP FI, Caixa FIC Indexa Tesouro Selic RF LP, Trend DI Simples FI RF, Caixa FI Safira Corporativo RF LP, Pi Selic RF Simples FI, BB Top Principal RF Ref DI LP FI e o BTG Pac Digital Tes Selic Simples FI RF.
Por sua vez, o fundo de renda fixa que teve melhor retorno em 12 meses foi o BB Prev RF Tit Publ VII FI, com avanço de 7,11%.
Fundos de ações
O fundo de ação que teve maior retorno no primeiro trimestre deste ano foi o Hayp FIA, com 21,63%, seguido pelo Trigono Delphos Income FIC FIA, com 20,45%.
No período de 12 meses, quem se deu melhor foi o fundo FIA Trigono Verbier, com retorno de 102,33%. De março de 2020 a março de 2021, se deram bem os ativos que souberam aproveitar os bons ventos das empresas de tecnologia, que fecharam o período em alta.
A Alphabet, controladora do Google, por exemplo, viu os seus papéis avançarem 80% no ano passado. Enquanto isso o fundador da Amazon, Jeff Bezos, viu sua fortuna aumentar e consolidou o seu posto como o homem mais rico do mundo.
No vermelho
Entre os fundos que mais tiveram pior desempenho nos três primeiros meses do ano estão: o Versa Long Biased FI Mult, entre os fundos de multimercados, com retorno de -37,76%; o BNP Paribas Asset, com retorno negativo de 0,59%, sendo o menos rentável da renda fixa, e o Solis Argus FIC FIA na categoria de fundo de ações, com retorno de -13,24%.