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    O que fazer com as ações de uma empresa que foi à falência?

    Na maioria dos casos, o investidor não tem que pagar nada porque a empresa quebrou

    O que fazer com as ações de uma empresa que faliu?
    O que fazer com as ações de uma empresa que faliu? Foto: Tech Daily/Unsplasu

    Tamires Vitorio, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Um dia após ter sua falência decretada pela Justiça, a mineradora MMX, fundada por Eike Batista, teve as negociações de suas ações suspensas na B3, de acordo com ofício divulgado pela companhia nesta quinta-feira (20). Ontem, os ativos tiveram queda superior a 27%, por conta da decisão. 

    Nesse cenário, pode surgir a dúvida na cabeça do investidor: o que fazer quando eu tenho participação numa companhia que faliu?

    Assim como aconteceu com os acionistas do banco Lehman Brothers, na crise de 2008, ou com os investidores da petrolífera OGX, também fundada por Batista, o valor investido é perdido, diz Thiago Godoy, head de Educação Financeira da Xpeed. Ainda assim, porém, algumas providências precisam ser tomadas.

    “Quando uma empresa decreta falência, em alguns casos, o investidor deve ir até uma corretora, pagar uma taxa entre US$ 10 a US$ 20, e zerar seus investimentos na companhia”, diz. Essa situação é chamada de ‘processamento de valores mobiliários sem valor'”, diz o especialista. 

    Não é sempre que esse pagamento precisa ser feito, no entanto. Na verdade, na maioria dos casos, o investidor fica isento dessa obrigação. Mas cada caso é um caso. O pagamento é obrigatório, caso o investidor tenha feito um empréstimo em uma conta-base para manter ou aumentar a sua carteira de investimentos. Nesses casos, a corretora cobra o que foi emprestado para o indivíduo. 

    Já para quem espera receber algo com base na legislação de falências, Godoy avisa que a chance é mínima. “Por estarem no fim da lista, dificilmente os sócios e acionistas, mesmo que minoritários, recebam algo”, explica.

    Existem formas de se proteger, segundo Godoy. “Investir por meio de casas de investimento traz um acompanhamento que não existia antes — e as empresas correm menos risco de quebrar”, diz. “Mas a dica principal é: nunca aposte todas as suas fichas em um único lugar. O mercado financeiro é dinâmico e a renda é variável. Por isso, é importante ter uma carteira diversificada”, afirma.