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    Nota da Americanas é rebaixada para “calote” pela S&P

    Na decisão, a S&P cita que a medida é resultado da decisão da Justiça do Rio que suspendeu, por 30 dias, as obrigações de dívida da varejista

    Fernando Nakagawada CNN , em São Paulo

    A Americanas teve a avaliação de risco da agência de classificação Standard & Poor’s rebaixada para “calote”. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (16) e é a primeira agência a classificar a varejista em situação de não pagamento, o chamado “default”.

    Na decisão da S&P, a nota da varejista brasileira foi rebaixada de ‘B’ para ‘D’. A nota antiga da Americanas indicava “mais vulnerável à situação adversa, mas com capacidade de cumprir compromissos financeiros”. Agora, a nota ‘D’ indica perspectiva de não pagamento de dívidas e também quando há pedido de falência por credores.

    Na decisão, a S&P cita que a medida é resultado da decisão da Justiça do Rio que suspendeu, por 30 dias, as obrigações de dívida da varejista. “Em nossa visão, embora a tutela ainda não represente uma recuperação judicial, é um passo inicial rumo a ela. Além disso, a empresa anunciou hoje a contratação da Rothschild para renegociação de toda a sua dívida”.

    Hoje, o BTG Pactual também entregou nova petição na Justiça do Rio para reaver R$ 1,2 bilhão da Americanas. Na documentação, o banco anuncia que instaurou processo de arbitragem em São Paulo e aponta que a Justiça foi induzida “a erro pela narrativa simplória da Americanas”.

    O documento do banco também lembra que contratos com a varejista preveem que “toda e qualquer controvérsia será obrigatória, exclusiva e definitivamente resolvida por meio de arbitragem”.

    Ou seja, o contrato prevê resolução do tema pela via administrativa – antes da decisão na Justiça. Nessa arbitragem, fica estabelecido que o tema será tratado no Centro de Arbitragem da Câmara de Comércio Brasil-Canadá.

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