Nem Amazon, nem Disney+: Netflix deve continuar reinando, diz Credit Suisse
Segundo dados da Nielsen, a Netflix teve três vezes mais visualizações do que o Hulu e quatro vezes a mais do que a Amazon
“A mãe tá on”. A Netflix continua crescendo durante a pandemia e nem mesmo uma volta à normalidade deve afetar tanto os seus negócios. É o que diz um relatório do banco suíço Credit Suisse enviado a clientes. A companhia segue bem à frente dos seus principais concorrentes.
De acordo com dados da consultoria Nielsen e publicados pelo Credit Suisse, o Netflix teve três vezes mais visualizações no terceiro trimestre do que o concorrente Hulu, quatro vezes mais do que a Amazon Prime Video e mais de seis vezes que o mais novato (e até temido) Disney+.
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“E embora haja uma série de lançamentos streaming concorrentes, esperamos pouco ou nenhum impacto na Netflix”, diz o relatório.
Além disso, o aplicativo da Netflix continua sendo bem mais baixado do que a da concorrência. No terceiro trimestre, o app da companhia liderada por Reed Hastings teve 51,7 milhões de downloads no mundo (a Amazon vem em seguida com 34,4 milhões) e 8,4 milhões nos Estados Unidos (a Disney+ foi segunda, com 7,8 milhões).
Os custos da Netflix, no entanto, devem aumentar. O Credit Suisse aumentou em 10% os custos de produção por causa dos efeitos da pandemia.
As ações da Netflix já tiveram uma alta de quase 60% neste ano e o Credit Suisse não enxerga uma ameaça que impacte negativamente o valor da companhia. Ao contrário, ela enxerga que a ação da empresa possa alcançar os US$ 556,55 em doze meses. Atualmente, o papel é negociado em US$ 514.
Conteúdo internacional
Um outro ponto que chama a atenção dos analistas do banco é que séries que que não tem o inglês como idioma estão entre os mais assistido nos Estados Unidos. Entre elas estão Dark Desire (série mexicana), o filme de artes marciais feito em Hong Kong, IP Man 4, e o #Alive, filme sul coreano de zumbis.
Ou seja, a empresa está tendo sucesso com esses conteúdos mesmo em um mercado tão resistente a produções fora dos EUA.
Em entrevista ao CNN Brasil Business, Hastings afirmou que esse investimento fora dos Estados Unidos deve aumentar constantemente.
“Vocês verão um aumento das nossas produções no Brasil, Argentina, Colômbia, México, Estados Unidos”, diz Hastings. “Em todo lugar.”
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