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    Negociações do pacote de socorro do BNDES para a Latam estão lentas

    O entrave para a Latam tem sido o fato de não ter capital aberto no Brasil – uma das exigências do BNDES para a concretização do empréstimo de R$ 2 bilhões

    Raquel Landim e Marcelo Sakate, , da CNN, em São Paulo

    As negociações entre a Latam, o BNDES e os bancos privados para um pacote de socorro estão mais lentas do que com os concorrentes Gol e Azul, segundo apurou o CNN Business com três fontes próximas às negociações.

    O entrave para a Latam tem sido o fato de não ter capital aberto no Brasil – uma das exigências do BNDES para a concretização do empréstimo de cerca de R$ 2 bilhões. Gol e Azul são listadas no Brasil.

    Com vai ficar com parte das ações da companhia em troca dos recursos, o banco estatal quer liquidez para vender os papeis no futuro. O empréstimo é dividido entre 60% do BNDES, 10% dos bancos privados e 30% do mercado.

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    Nesta terça-feira (26), a Latam pediu recuperação judicial de suas operações no Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos e Peru. A dívida chega a quase US$ 18 bilhões e os ativos somam US$ 21 bilhões, conforme o processo protocolado pela empresa numa corte em Nova York.

    As operações no Brasil não foram incluídas no processo de recuperação judicial. Um dos motivos é exatamente a perspectiva de conseguir a ajuda do governo brasileiro.

    As famílias controladoras e um fundo do Catar se comprometeram a injetar US$ 900 milhões na companhia, mas a situação ainda é bastante delicada. A empresa tem cerca de US$ 1,4 bilhão em caixa.

    Segundo a agência de classificação de risco Fitch, a capacidade da Latam de levantar recursos no mercado financeiro é muito pequena, por conta da crise do coronavírus, que provocou uma redução de 95% nos vôos.

    A Fitch ressalta também que é pouco provável que a Latam consiga ajuda do governo chileno e diz que, se concretizado, o suporte do BNDES contribuiria apenas com um “alívio limitado”, porque os recursos têm que ser utilizados para ajudar a operação brasileira, enquanto a maior parte da dívida está no exterior.

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