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    Na volta do feriado em SP, mercado deve olhar para escalada na tensão política

    Bolsa estava fechada na sexta-feira (9), quando declarações conflitantes entre os poderes acenderam alerta em autoridades brasileiras

    Do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    Os últimos dias foram de acirramento nas tensões políticas em Brasília. O presidente Jair Bolsonaro subiu bastante o tom, condicionado a realização das eleições de 2022 à aprovação da pauta do voto impresso, além de ser ofensivo com o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    A fala de Bolsonaro provocou reações do presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), além do próprio Barroso. Diversas entidades e instituições também fizeram suas notas de repúdio ao dito pelo presidente.

    O mercado é termômetro. Na quinta-feira (8), o dia foi de fervura, com o dólar batendo R$ 5,30 e o Ibovespa voltando aos 125 mil pontos. Na sexta-feira, dia da escala das tensões em Brasília, foi feriado em São Paulo, bolsa fechada, sem espaço para que se medisse o reflexo dos últimos acontecimentos sobre o mercado.

    A esperança fica para o mercado externo. Lá fora foi dia de recuperação de papéis, inclusive de ativos brasileiros. A questão é se por aqui também vamos ter recuperações que nem no exterior ou vai predominar a escala política. A ver nesta segunda.

    Do lado de quem alimenta o fogo, tivemos declarações das Forças Armadas e de quem ocupa postos de alto comando, depoimentos na CPI da Pandemia, choque entre governistas e oposição. Pesquisas de opinião mostrando alta na rejeição a Bolsonaro, outras apontando o ex-presidente Lula na frente. Então tem lenha, gasolina e fósforo de sobra.

    Neste episódio do podcast Abertura de Mercado, a analista de economia da CNN Thaís Herédia ouve especialistas sobre esses e outros temas que mexem com a economia e influenciam o mercado.

    *Publicado por Guilherme Venaglia