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    “Mundo não sobrevive sem agricultura brasileira”, diz diretora-geral da OMC

    Fala vem em um momento de alta global nos preços dos alimentos, provocada pela crise nas cadeias globais em meio à pandemia e agravada pelo conflito no Leste Europeu

    Ligia Tuondo CNN Brasil Business , São Paulo

    O Brasil tem papel fundamental no mercado global de alimentos, disse a diretora-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Ngozi Okonjo-Iweala, em visita à Frente Parlamentar da Agropecuária, nesta segunda-feira (18).

    “Eu sei que o mundo não sobrevive sem a agricultura brasileira. Precisamos pensar nos desafios futuros, não só do Brasil, mas do mundo todo”, disse Ngozi, reforçando o potencial produtivo e sustentável do setor agropecuário brasileiro. “Estou animada sobre o que o Brasil tem a dizer sobre a área ambiental e as tecnologias produtivas com potencial de descarbonização”.

    A fala vem em um momento de alta global nos preços dos alimentos, provocada pela crise nas cadeias globais em meio à pandemia e agravada pelo conflito no Leste Europeu, onde há importantes produtores de commodities como trigo, milho, gás e fertilizantes. Nesse cenário, Ngozi diz que teme por uma “crise de fome sem precedentes”.

    O Brasil é o quarto maior exportador global de grãos –como arroz, cevada, soja, milho e trigo–, atrás de União Europeia, Estados Unidos e China, e o maior exportador de carne bovina, com o maior rebanho bovino do mundo, segundo a Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire) da Embrapa.

    Pesquisa da entidade também diz que o país responde por 50% do mercado de soja e alcançou, em 2020, o posto de segundo exportador de milho.

    O valor bruto da produção agropecuária brasileira deve alcançar mais de R$ 1,22 trilhão em 2022, de acordo com os dados do mês de março publicados pelo Ministério da Agricultura. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o valor representa um aumento de 2%.

     

     

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