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    Mulheres em cargos de liderança estão mais propensas a desistir, aponta estudo

    Para subir mais degraus, as entrevistadas buscam um empregador mais comprometido com a diversidade, equidade e inclusão

    Jeanne Sahadido CNN Business

    Os homens ainda levam vantagem quando se trata de ser promovido a gerente. As mulheres que ascendem a cargos de liderança são mais suscetíveis a terem sua autoridade minada, além de alguns de seus esforços não serem reconhecidos.

    Após a pandemia, elas também estão mais propensas a desistir, por conta das insatisfações no trabalho.

    Isso está de acordo com o relatório Women in the Workplace 2022 da McKinsey & Company em parceria com o LeanIn.Org, um grande estudo anual de funcionários e dados de talentos femininos em centenas de empresas participantes.

    Entre os empregadores estudados, o relatório descobriu que para cada 100 homens promovidos de um emprego de nível básico a gerente, apenas 87 mulheres são promovidas. E, no geral, 60% dos gestores nos dados analisados ​​eram homens.

    “Como resultado, os homens superam significativamente as mulheres no nível gerencial, e elas nunca conseguem alcançá-los. Há simplesmente muito poucas mulheres para serem promovidas a cargos de liderança sênior.”

    O C-suite também permanece predominantemente masculino e branco, segundo o estudo. Apenas um em cada quatro líderes C-suite era mulher, sendo 1 em cada 20 uma mulher negra.

    “Apesar de ganhos modestos em representação na liderança sênior nos últimos oito anos, as mulheres – e especialmente as mulheres negras – ainda estão dramaticamente sub-representadas na América corporativa”, observaram os autores da pesquisa.

    Obstáculos que as mulheres líderes ainda enfrentam

    Embora as mulheres também busquem cargos mais altos, uma vez que os ocupam, elas tendem a enfrentar mais micro agressões que prejudicam sua autoridade e enviam sinais de que será difícil para elas avançar, afirmou o estudo McKinsey/LeanIn.Org.

    Descobriu-se que 37% das dirigentes pesquisadas (definidas como gerente ou superior) relataram ter tido um colega de trabalho que levou o crédito por sua ideia, contra 27% dos líderes homens. E elas eram duas vezes mais confundidas com alguém mais jovem do que os homens.

    Para líderes negras, o enfraquecimento é pior. O estudo verificou, por exemplo, que elas tinham 1,5 vezes mais colegas dizendo ou insinuando que não são qualificadas para seus cargos do que outras mulheres.

    As dirigentes também gastam duas vezes mais tempo e energia substanciais apoiando o bem-estar dos funcionários e promovendo a diversidade, equidade e inclusão, mas não são recompensadas por isso – 40% disseram que seus esforços não são reconhecidos nas avaliações de desempenho.

    Mulheres mais dispostas sair para conseguir o que querem

    Para subir mais degraus, as entrevistadas relataram que estão dispostas a abrir mão de seu emprego para conseguir o que querem em outro, mostrou o relatório.

    Aproximadamente metade (49%) disse que a flexibilidade está entre as três principais considerações ao decidir entrar ou sair de uma empresa, contra 34% dos líderes homens. Em relação aos homens, 1,5 vez mais mulheres dirigentes têm a tendência de sair do trabalho para buscar uma posição em um empregador mais comprometido com a diversidade, equidade e inclusão.

    “As mulheres líderes estão deixando suas empresas na taxa mais alta de todos os tempos, e a diferença entre mulheres e homens que estão saindo é a maior que já existiu”, destacaram os pesquisadores.

    Como ponto de vista, eles acrescentaram: “[para] cada mulher no nível de diretora promovida ao próximo nível, duas estão optando por deixar sua empresa”.

    E as empresas interessadas em colocar mais funcionárias do sexo feminino em uma trilha de liderança podem prestar atenção especial a essa descoberta.

    Entre as pesquisadas com menos de 30 anos, quase dois terços disseram que estariam mais interessadas em avançar na carreira se vissem líderes seniores exibindo o tipo de equilíbrio entre vida profissional e pessoal que as mulheres buscam para si mesmas.

    “As empresas que não agem podem ter dificuldades para recrutar e reter a próxima geração de mulheres líderes – e para empresas que já têm um ‘degrau quebrado’ em seu nível de liderança, isso tem implicações especialmente preocupantes”, escreveram os autores do estudo.

    O relatório McKinsey/LeanIn.Org é baseado em uma pesquisa com mais de 40.000 funcionários de 55 empresas, entrevistas com algumas dezenas de pessoas, bem como pesquisa, mapa de talentos e outros dados de 333 empresas. Juntos, eles representam mais de 12 milhões de funcionários nos EUA e Canadá.

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