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    Mulheres chegam aos conselhos de empresas do S&P 500. Mas ainda são minoria

    Há agora pelo menos uma mulher participando de cada conselho de empresa participante do índice formado pelas 500 maiores empresas listadas na Bolsa de Nova York

    Jeanne Sahadi, CNN Business

    As mulheres quebraram algumas grandes barreiras este ano e alcançaram as diretorias de grandes empresas dos Estados Unidos.

    Há agora pelo menos uma mulher participando de cada conselho de empresa participante do S&P 500 (as 500 empresas gigantes listadas na Bolsa de Nova York), e elas representam 47% da classe de novos diretores, a maior porcentagem até agora.

    O aumento da presença feminina nos altos escalões foi avaliado pelo índice Spencer Stuart Board de 2020, que se baseia em declarações apresentadas pelas empresas entre 24 de maio de 2019 e 20 de maio de 2020.

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    Mas, mesmo depois de contabilizar esse crescimento, as mulheres ainda representam apenas 28% de todos os membros do conselho do S&P 500, de acordo com o estudo de Spencer Stuart.

    Atualmente, os conselhos de administração das empresas membros do S&P 500 têm pouco menos de 11 conselheiros cada. E são apenas três diretoras, em média.

    Cinco por cento das empresas S&P 500 têm apenas uma mulher no conselho. Isso inclui a Charter Communications (CHTR), Monster Beverage (MNST), Motorola (MSI) e Xerox (XRX), de acordo com dados do BoardEx.

    Enquanto isso, apenas 3% dos conselhos têm seis diretoras ou mais. A maioria das empresas desse grupo atingiu a paridade de gênero – o que significa que têm um número igual de homens e mulheres – e alguns até têm mais mulheres do que homens. Nesse grupo estão Procter & Gamble (PG), Best Buy (BBY), Etsy (ETSY), Omnicom (OMC) e General Motors (GM), de acordo com BoardEx.

    Dois anos atrás, o estado da Califórnia aprovou uma lei determinando que as empresas com capital aberto sediadas no estado tenham um número mínimo de mulheres em seus conselhos. Desde então, vários outros estados exigiram que as empresas pelo menos comecem a relatar quantas mulheres diretoras elas têm em seus conselhos.

    Mas a pressão dos legisladores não foi a única razão para o aumento da diversidade de gênero.

    “O que realmente causou um impacto no aumento do número de mulheres na sala de reuniões foi a pressão dos investidores institucionais e a promessa de responsabilidade e avaliação desse público”, detalhou Julie Daum, que lidera a prática do conselho norte-americano da consultoria Spencer Stuart.

    Essa pressão vai continuar, mas ganhos adicionais podem não vir tão rapidamente quanto os defensores esperam, porque as aberturas de vagas nos conselhos não surgem com tanta frequência.

    Existem, no entanto, maneiras de aumentar a rotatividade, como estabelecer limites de mandato e idades de aposentadoria compulsória para diretores e até acrescentar mais cadeiras aos conselhos.

    “Será difícil para os conselhos fazerem progressos significativos na melhoria da diversidade, a menos que adotem regras para acelerar a rotatividade”, disse Daum. “Deve-se notar que, ano após ano, descobrimos que as empresas com novos diretores independentes e uma diversidade mais significativa na diretoria se beneficiam do ponto de vista do desempenho empresarial”.

    Quando se trata de dirigir conselhos, as mulheres são poucas e raras. A Spencer Stuart, por exemplo, relata que entre os presidentes de conselhos independentes, apenas sete mulheres (4% do total) possuem esse cargo.

    Na semana passada, porém, mais uma mulher subiu ao topo. A Starbucks anunciou que Mellody Hobson será sua próxima presidente, tornando-a a primeira mulher negra da empresa a ocupar esse cargo.

    Os números da diversidade de gênero são ligeiramente melhores quando se trata dos diretores que dirigem comitês individuais do conselho (por exemplo, auditoria, remuneração e governança). A consultoria Spencer Stuart descobriu que cerca de 25% dos presidentes de comitês do conselho S&P 500 são mulheres.

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês)

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