Ministério Público do Trabalho fará reunião com Ford sobre demissões
Ministério da Economia já iniciou conversas para apoiar a recolocação dos trabalhadores da Ford que vão perder o emprego com a saída da montadora do Brasil
O Ministério Público do Trabalho (MPT) fará uma audiência virtual na quinta-feira, (14), às 9h30 com representantes da Ford para discutir as demissões decorrentes do encerramento das atividades da montadora no Brasil. Segundo a própria companhia, os desligamentos podem atingir 5 mil funcionários no país.
A audiência terá a participação do procurador-geral do MPT, Alberto Balazeiro, do titular da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical e do Diálogo Social (Conalis) do MPT, Ronaldo Lima dos Santos, e do secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco Leal.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o Ministério da Economia já iniciou conversas para apoiar a recolocação dos trabalhadores da Ford que vão perder o emprego com a saída da montadora do Brasil.
Uma das possibilidades é a criação de um programa específico para ajudar esse grupo de trabalhadores altamente qualificados. Na segunda-feira, (11), a montadora americana anunciou o fim de uma história de um século de produção de carros no Brasil.
A Ford, que já tinha encerrado, em 2019, a produção de caminhões em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, comunicou que vai fechar neste ano as demais fábricas no país: Camaçari (BA), onde produz os modelos EcoSport e Ka; Taubaté (SP), que produz motores; e Horizonte (CE), onde são montados os jipes da marca Troller.
Serão mantidos no Brasil a sede administrativa da montadora na América do Sul, em São Paulo, o centro de desenvolvimento de produto, na Bahia, e o campo de provas de Tatuí (SP).
Na terça, (12) representantes da Ford já se reuniram por videoconferência com a presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maria Cristina Peduzzi. Segundo comunicado da corte trabalhista, o diretor jurídico da Ford, Luís Cláudio Casanova, disse que a decisão de reestruturação da empresa na América Latina foi tomada diante de prejuízos obtidos anualmente, amplificados durante a pandemia da covid-19.