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    Mesmo após mudanças, estados pedem rejeição da reforma do Imposto de Renda 

    A manifestação vem mesmo após nova versão do texto apresentado pelo deputado Celso Sabino (PSDB), relator da proposta

    Notas de dinheiro
    Notas de dinheiro Foto: Marcos Santos/USP Imagens

    Anna Russi , do CNN Brasil Business, em Brasília

     

    O Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) pede, mais uma vez, em carta aberta divulgada nesta terça-feira (3), a rejeição do projeto de reforma do Imposto de Renda. A manifestação vem mesmo após nova versão do texto apresentado pelo deputado Celso Sabino (PSDB), relator da proposta. 

    “A proposta alterada do substitutivo do PL 2.337/21, apresentada nesta segunda-feira, 02 de agosto, pelo relator, mantém perdas da ordem de (RS$) 26,1 bilhões para estados e municípios, a partir do ano de 2023”, diz o documento assinado pelo diretor-institucional do Comsefaz, André Horta.

     

    Para o comitê, a proposta concentra ainda mais recursos públicos com a União, “sujeitando os entes nacionais a um desequilíbrio fiscal insustentável”. 

    Em julho, os secretários de Fazenda dos estados já haviam publicado uma carta sugerindo a rejeição integral da primeira versão do substitutivo de Sabino. O argumento era que a proposta provocaria perdas nos repasses para ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) e ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), “comprometendo substancialmente a oferta e prestação de serviços essenciais à população”. 

    Assim, em busca de acordo, o relator do projeto atrelou as reduções das alíquotas do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) ao aumento da arrecadação. A medida deveria servir como um seguro para compensar as perdas dos entes federativos. 

    No entanto, os secretários de Fazenda estaduais argumentam que a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) seria  a variável federativa “correta para adicionais ajustes que a relatoria porventura considere necessários”. 

    “Postulamos a rejeição dos termos atuais do substitutivo para poder garantir à população brasileira dignidade e serviços públicos que condigam com a expressão das vontades democráticas que nos conduziram às atuais gestões das administrações públicas subnacionais”, reforça o Comsefaz. 

    Em almoço nesta terça-feira, Sabino apresentou a versão final do relatório a líderes da Câmara. Uma apresentação da nova versão será realizada para a imprensa ainda nesta terça.