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    Bolsa cai pressionada por Bradesco e Petrobras; dólar recua à espera do Copom

    Investidores mostram preocupação com o balanço do segundo maior banco privado do Brasil, e ações da empresa pressionam o principal índice da bolsa

    Tamires Vitorio e Leonardo Guimarães, , do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O dólar fechou em queda ante o real nesta quarta-feira (4), enquanto investidores aguardam a decisão de política monetária do Banco Central sobre a nova taxa de juros do país. A moeda norte-americana recuou 0,13%, para R$ 5,186. 

    Após dois de alta, o Ibovespa recuou 1,44%, para 121.801,21 pontos, com Bradesco (BBDC4) e Petrobras (PETR3) caindo mais de 3% e pressionando o índice. O volume financeiro no pregão somou R$ 28 bilhões.

    O Bradesco recuou 4,36%, mesmo após crescimento de mais de 60% no lucro recorrente do segundo trimestre, com a área de seguros do banco afetada pela segunda onda de Covid-19 – lucro desta unidade caiu 58,3%. O presidente-executivo do banco disse que os sinistros de seguros relacionados à Covid-19 devem recuar até o final do ano.

    Já a Petrobras perdeu 3,61% na esteira do forte declínio dos preços do petróleo no exterior. A companhia reporta resultado do segundo trimestre ainda nesta quarta-feira, e a expectativa é de que mostre lucro de US$ 0,82 por ação, segundo a estimativa média dos analistas da Refinitiv, ante prejuízo de US$ 0,39 um ano antes.

    A temporada de resultados ainda reserva para o final do dia os números de empresas como Braskem e Banco do Brasil. Também após o fechamento será conhecida a decisão de política monetária do Banco Central, com muitos no mercado esperando uma alta da Selic para 5,25% ao ano.

    Uma pesquisa da Reuters apontou que o Copom elevará a taxa básica de juros em 1 ponto percentual nesta quarta-feira, acelerando o ritmo de aperto em relação à decisão anterior, no maior aumento de juros desde 2003, em uma tentativa de evitar que a inflação galopante deste ano se estenda para 2022.

    “O foco estará no comunicado, com a sinalização do que esperar para o encontro de setembro. É provável que indique a possibilidade de uma nova alta da mesma magnitude”, afirmou o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.

    No noticiário internacional, dados de emprego desta manhã mostraram que a criação de vagas de trabalho no setor privado dos Estados Unidos subiu bem menos do que o esperado em julho, provavelmente limitada pela escassez de trabalhadores e matérias-primas.

    Lá fora 

    Os principais índices acionários de Wall Street fecharam majoritariamente em queda, com o S&P 500 se afastando de uma máxima recorde alcançada na véspera, após dados sinalizarem uma desaceleração expressiva do mercado de trabalho dos Estados Unidos em julho.

    Além disso, os papéis da General Motors registraram seu pior dia em mais de um ano, apesar de a empresa ter reportado um lucro antes de impostos recorde.

    De acordo com dados preliminares, o Dow Jones fechou em queda de 0,92%, a 34.793,06 pontos, e o S&P 500 caiu 0,46%, a 4.402,69 pontos. Já o Nasdaq avançou 0,18%, a 14.780,53 pontos.

    *Com Reuters

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