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    Ibovespa recua e devolve ganhos de outubro; dólar cai após atingir R$ 5,80

    Principal índice da bolsa caiu 7,2% na semana, no maior tombo desde março. Com isso, fechou o mês (que tinha tudo para ficar no azul) com queda de 0,69%

    Do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Os mercados chegam ao final de outubro com a tensão elevada diante do aumento nos casos de coronavírus no mundo. Internamente, a cautela prevaleceu porque as próximas negociações retornam justamente no dia da eleição nos Estados Unidos, já que na segunda-feira (2) a bolsa estará fechada por causa do feriado do Dia de Finados.

    Em linha com as principais bolsas do exterior, o Ibovespa recuou 2,72%, para 93.957. Já o dólar caiu 0,47% para R$ 5,738, depois da intervenção do Banco Central no mercado para conter a pressão no câmbio, que chegou a bater R$ 5,80. Mesmo assim, a moeda teve ganho de 2,13% em outubro, marcando seu terceiro mês consecutivo de avanço. Em 2020, o dólar salta quase 43% contra o real.

    Com a queda do pregão desta sexta-feira, o principal índice da bolsa acumulou perda de 7,2% na semana, no maior tombo desde março, o que levou a uma performance negativa de 0,69% no mês. No ano, o declínio é de 18,76%.

    Entre as maiores baixas do dia, estão a B2W (BTOW3), que reduziu o prejuízo no terceiro trimestre, com queda de 8,97%, Hering (HGTX3) com recuo de 6,80% e Via Varejo (VVAR3) que caiu 5,97%.

    Já na ponta inversa, estão as ações da Telefônica (VIVT4) que subiram 0,93%.

    No Brasil, ressoaram ainda questões políticas, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, criticando a Febraban, e o presidente Jair Bolsonaro esquentando o embate com o governador de São Paulo, João Doria. 

    Em mais um embate com Doria, Bolsonaro afirmou que ninguém vai ser obrigado a tomar “na marra” a vacina contra a Covid-19 que está sendo produzida pelo governo paulista, e também destacou que o Executivo Federal não vai custear a fabricação do imunizante.

    Bolsas internacionais

    Os índices acionários dos Estados Unidos encerraram em baixa nesta sexta-feira, fechando a pior semana de Wall Street desde o “sell-off” de março conforme perdas em papéis de pesos pesados tecnológicos, um aumento recorde em casos de coronavírus e o nervosismo diante das eleições presidenciais azedavam o humor dos investidores.

    A pandemia empurrou os hospitais norte-americanos ao limite da capacidade, com os casos de coronavírus ultrapassando a marca de 9 milhões, enquanto a perspectiva de restrições mais amplas à Covid-19 na Europa levantou preocupações sobre a recuperação econômica.

    Segundo dados preliminares, o Dow Jones recuou 0,58%, para 26.505,28 pontos, o S&P 500 perdeu 1,21%, para 3.270,17 pontos, e o Nasdaq teve queda de 2,45%, para 10.911,59 pontos.

    “Há um grande movimento de venda de ações desses grandes nomes da tecnologia porque eles não corresponderam ao entusiasmo e as pessoas estão realmente preocupadas com a eleição da próxima semana”, disse Kim Forrest, diretor de investimentos da Bokeh Capital Partners em Pittsburgh.

    Antes do último fim de semana de campanha, o presidente republicano Donald Trump segue atrás do democrata Joe Biden em pesquisas eleitorais, em parte por causa da desaprovação generalizada à forma como Trump tem lidado com o coronavírus. As pesquisas de opinião nos Estados mais competitivos que decidirão as eleições mostraram uma disputa mais acirrada, embora ainda favoreçam Biden.

    O mercado acionário europeu recuava em um dia de volatilidade, a caminho das mais fortes quedas semanais desde março, com a nova rodada de lockdowns. O FTSEEurofirst caía 0,58%, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdia 0,47%.

    Pressionada por empresas de alimentos e bebidas após crescimento mais lento dos lucros no terceiro trimestre, a bolsa na China fechou o dia em baixa. O CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 1,63%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 1,47%.

    (Com Reuters)

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