Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Ibovespa sobe e fecha a semana com ganho de 1,8%; Dólar cai a R$ 5,48

    Semana teve aumento surpreendente da Selic, pedido de demissão do presidente do Banco do Brasil e recorde de mortes por Covid-19 no Brasil

    Bolsa de valores, Ações, Investimentos
    Bolsa de valores, Ações, Investimentos Foto: Khunkorn Laowisit / Vecteezy

    Matheus Prado e Leonardo Guimarães,

    do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O dólar recuou 1,5% ante o real nesta sexta-feira (19), a R$ 5,4839 na venda, menor patamar desde 24 de fevereiro (R$ 5,4219). A moeda teve expressiva oscilação durante o dia, variando de R$ 5,565 (-0,04%) a R$ 5,4492 (-2,12%).

    O recuo desta sexta empurrou a cotação para queda de 1,36% no acumulado da semana.

    Na B3, o Ibovespa avançou no pregão de hoje e no acumulado da semana. O principal índice da bolsa nacional subiu 1,21%, aos 116.221 pontos. Na semana, o índice avançou 1,8%. 

    A líder em ganhos no dia foi a ação do GPA (PCAR3), que disparou 13,24% depois da notícia de que o Casino, controlador da empresa, considera reduzir sua participação na Cnova, braço de e-commerce do grupo. 

    Destaque para a ação do Banco do Brasil (BBAS3), que avançou 0,85%, mesmo depois do pedido de demissão do então presidente da empresa, André Brandão. O caso é tido como nova interferência do governo federal nas estatais.

    Embraer (EMBR3) subiu 4%. A fabricante de aviões reduziu o prejuízo no quarto trimestre, mas não deixou claro se vê opior para trás, preferindo não divulgar projeções financeiras e operacionais, citando perspectivas ainda incertas.

    Já Cyrela (CYRE3) avançou 2,55%, após reportar lucro líquido de R$ 261 milhões no quarto trimestre, um salto de 75% ano a ano, resultado de crescimento das vendas e de efeitos ligados à venda de participação em companhias que estrearam na bolsa paulista no ano passado.

    Além disso, o avanço do coronavírus no país segue no radar. O senador Major Olimpio (PSL-SP) morreu na quinta-feira (18) em decorrência de complicações do vírus.

    O Banco Central fará neste pregão leilão de swap tradicional para rolagem de até 16 mil contratos com vencimento em dezembro de 2021 e abril de 2022.

    A autarquia também anunciou para esta sexta-feira leilões de venda conjugados com leilões de compra de moeda estrangeira no mercado interbancário de câmbio, para fins de rolagem do vencimento de abril de 2021.

    Lá fora

    O índice Nasdaq encerrou em alta nesta sexta-feira, impulsionado pelo Facebook e pelas ações de energia, com os yields dos Treasuries dando uma pausa de uma alta recente. 

    O Dow Jones caiu 0,71%, para 32.627 pontos, o S&P 500 perdeu 0,06%, para 3.913 pontos, e o Nasdaq valorizou-se 0,76%, para 13.215 pontos.

    As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta sexta-feira (19), seguindo o comportamento dos mercados acionários de Nova York, que ontem voltaram a ser derrubados por um novo aumento nos juros dos Treasuries.

    O índice acionário japonês Nikkei caiu 1,41% em Tóquio hoje, a 29.792,05 pontos, e o Hang Seng teve queda idêntica de 1,41% em Hong Kong, a 28.990,94 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 0,86% em Seul, a 3.039,53 pontos, e o Taiex registrou perda de 1,34% em Taiwan, a 16.070,24 pontos.

    Na China continental, o Xangai Composto se desvalorizou 1,69%, a 3.404,66 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto apresentou baixa mais expressiva, de 1,90%, a 2.194,91 pontos.

    Ontem, as bolsas de Nova York recuaram de forma generalizada, com queda particularmente acentuada no setor de tecnologia, após os rendimentos dos Treasuries voltarem a subir, reacendendo temores de pressões inflacionárias que possam levar grandes bancos centrais a reverter, antes do previsto, as agressivas medidas de estímulos que adotaram em reação à pandemia de Covid-19.

    Após reunião de dois dias concluída nesta madrugada, o Banco do Japão (BoJ) fez pequenos ajustes em sua política monetária.

    O BC japonês decidiu permitir que o rendimento do bônus do governo japonês (JGB) de dez anos oscile entre -0,25% e 0,25%. Antes, o BoJ tinha uma tolerância entre -0,20% e 0,20% dentro da sua meta para a taxa, em torno de 0%.

    Além disso, a instituição abandonou sua meta de comprar 6 trilhões de ienes (US$ 55 bilhões) em fundos de índices referenciados em ações (os chamados ETFs) anualmente. O presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, garantiu, porém, que isso não significa que as aquisições dos papéis serão reduzidas ou encerradas.

    Também nesta semana, o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) e o Banco da Inglaterra (BoE) deixaram suas políticas inalteradas e reafirmaram planos de manter ampla acomodação monetária por muito tempo ainda.

    Na Oceania, a bolsa australiana ficou igualmente no vermelho, à medida que um tombo de cerca de 7% dos preços do petróleo pesou em ações do setor de energia. O S&P/ASX 200 caiu 0,56% em Sydney, a 6.708,20 pontos. 

    *Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo