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    Dólar encerra a R$ 5,42 com exterior negativo; Ibovespa fecha em alta de 0,38%

    Moeda norte-americana valorizou 0,37%, enquanto o principal índice da B3 terminou o dia aos 96.916,13 pontos

    João Pedro Malardo CNN Brasil Business* em São Paulo

    dólar fechou em alta de 0,37%, a R$ 5,425, nesta segunda-feira (18), revertendo o desempenho negativo da maior parte da sessão e acompanhando uma retomada do pessimismo entre investidores, fortalecido pelas apostas de uma recessão nos Estados Unidos. Na mínima do dia, a moeda chegou a valer R$ 5,354.

    Já o Ibovespa terminou com ganhos de 0,38%, aos 96.916,13 pontos, mas devolveu cerca de metade dos ganhos no dia, pois, chegou a subir mais de 1%. O índice foi favorecido pela alta de ações ligadas ao petróleo, mas foi prejudicado pela queda nas bolsas norte-americanas, refletindo expectativas de uma temporada de balanços ruim.

    Ao mesmo tempo, os investidores chegaram a reduzir a aversão a riscos depois que dirigentes do Federal Reserve sinalizaram uma nova elevação de 0,75 ponto percentual. Antes das falas sobre o tema, parte do mercado havia projetado uma alta de 1 p.p. Quanto maior a elevação de juros, maiores as apostas em uma recessão nos Estados Unidos, o que intensifica a aversão a riscos e favorece o dólar.

    Entretanto, o noticiário corporativo negativo reforçou a expectativa de que a maior economia do mundo entrará em recessão, prejudicando mercados considerados mais arriscados, caso do Brasil.

    Na sexta-feira, o dólar caiu 0,49%, a R$ 5,405, encerrando a semana com alta de 2,6%. Já o Ibovespa subiu 0,45%, aos 96.551 pontos, com perda semanal de 3,73%.

    Sentimento global

    Os investidores ainda mantêm uma forte aversão global a riscos desencadeada por temores sobre uma possível desaceleração econômica generalizada devido a uma série de altas de juros pelo mundo para conter níveis recordes de inflação, o que prejudicaria diversos tipos de investimentos.

    A principal causa para essa aversão é o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos, com a elevação mais recente anunciada pelo Federal Reserve em 4 de maio. A alta foi de 0,75 ponto percentual, maior desde 1994, e novas elevações na mesma magnitude não foram descartas.

    Os juros maiores nos Estados Unidos atraem investimentos para a renda fixa do país devido a sua alta segurança e favorecem o dólar, mas prejudicam os mercados de títulos e as bolsas ao redor do mundo, inclusive as norte-americanas.

    Entretanto, o combate do país à maior inflação em 41 anos gera crescentes temores de uma recessão na maior economia do mundo devido à necessidade de um aperto monetário agressivo. O risco leva a uma aversão a riscos, favorecendo o dólar e prejudicando ativos considerados arriscados, caso do mercado brasileiro.

    Por outro lado, novas restrições em cidades da China foram anunciadas no início de julho, revertendo um cenário de otimismo sobre uma retomada da economia do país após meses de lockdown em Xangai e Pequim. O quadro reforça temores de uma desaceleração econômica chinesa e consequente queda na demanda por commodities.

    No cenário doméstico, a PEC dos Benefícios, que cria ou expande benefícios sociais com custo estimado em R$ 41 bilhões, foi mal recebida pelo mercado, já que reforça o risco fiscal ao trazer novos gastos acima do teto.

    Com a combinação de ambientes interno e externo adversos, a retirada de investimentos prejudica o Ibovespa e favorece o dólar em relação ao real.

    Sobe e desce da B3

    Veja os principais destaques do pregão desta segunda-feira:

    Maiores altas

    • PetroRio (PRIO3) +6,71%;
    • SLC Agrícola (SLCE3) +4,36%;
    • Petrobras (PETR3) +3,33%;
    • JHSF (JHSF3) +3,06%;
    • Cielo (CIEL3) +2,96%

    Maiores baixas

    • Eztec (EZTC3) -5,88%;
    • BRF (BRFS3) -5,67%;
    • Petz (PETZ3) -5,10%;
    • Meliuz (CASH3) -4,50%;
    • Marfrig (MRFG3) -4,46%

    *Com informações da Reuters