Dólar e Bolsa fecham em queda em pregão pouco movimentado à espera do Copom
Brasil, EUA e Japão irão anunciar se mudam ou não sua política monetária nesta semana
O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira, mas ficou longe das mínimas intradiárias. O dólar à vista caiu 0,38%, a R$ 5,6166 na venda, após variar entre R$ 5,634 (-0,08%) e R$ 5,5585 (-1,42%).
O Ibovespa também fechou em queda. O índice recuou 0,72%, para 114.018 pontos.
O dia foi de cautela e movimentação reduzida na bolsa paulista. Com a proximidade dos anúncios de decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, o volume financeiro somou R$ 24,3 bilhões, ante média em março de mais de R$ 40 bilhões.
Brasil, EUA e Japão, irão anunciar se mudam ou não sua política monetária nesta quarta-feira (17).
Investidores acreditam que a Selic, taxa básica de juros brasileira, deve voltar a subir pela primeira vez desde 2015. O consenso é que o indicador deve avançar 0,5%, para 2,5%.
Além disso, o mercado também segue de olho na situação política do Brasil, já que foi confirmada uma nova troca no Ministério da Saúde. Foi anunciado o cardiologista Marcelo Queiroga para assumir o cargo.
Lá fora
Wall Street viu seus principais índices acionários caírem nesta quarta, com os investidores aguardando o resultado da reunião de política monetária de dois dias do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos.
O Dow Jones caiu 0,39%, aos 32.825pontos, o S&P 500 recuou 0,16%, aos 3.962 pontos, e o Nasdaq teve oscilação positiva de 0,09%, aos 13.471 pontos.
O mercado acionário norte-americano ficou sem direção clara durante grande parte do dia depois que os índices S&P 500 e Dow Jones fecharam em máximas recordes na sessão anterior, com o otimismo em torno de um pacote de estímulo fiscal de US$ 1,9 trilhão e as medidas de vacinação em andamento reforçando visões de que a economia está a caminho da recuperação.
As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta terça-feira (16), após um dia de máximas históricas em Nova York, e na expectativa para decisões de política monetária nos EUA e no Japão esta semana.
O índice acionário japonês Nikkei subiu 0,52% em Tóquio hoje, a 29.921,09 pontos, o Hang Seng avançou 0,67% em Hong Kong, a 29.027,69 pontos, o sul-coreano Kospi se valorizou 0,70% em Seul, a 3.067,17 pontos, e o Taiex registrou ganho de 0,39% em Taiwan, a 16.313,16 pontos.
Já na China continental, o Xangai Composto teve alta de 0,78%, a 3.446,73 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,08%, a 2.196,51 pontos, revertendo parte das perdas do pregão anterior, quando foi divulgada uma série de indicadores de peso da segunda maior economia do mundo.
Ontem, as bolsas de Nova York subiram de forma generalizada, com Dow Jones e S&P 500 garantindo novas máximas de fechamento, à medida que os juros dos Treasuries voltaram a cair.
Nas últimas semanas, uma tendência de alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano vem alimentando temores de que pressões inflacionárias possam levar bancos centrais a apertar sua política monetária mais cedo do que se previa.
Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul nesta terça, impulsionada principalmente por ações de tecnologia. O S&P/ASX 200 avançou 0,80% em Sydney, a 6.827,10 pontos.
*Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo