Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Ibovespa fecha em queda de 1,7% após confirmação de Mercadante no BNDES; dólar vai a R$ 5,31

    Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, Lula anunciou Mercadante à frente do BNDES e disse que "privatizações vão acabar"

    Do CNN Brasil Business*

    O Ibovespa encerrou nesta terça-feira (13) em queda de 1,71%, aos 103.539,67 pontos, destoando da alta em Wall Street, após o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomear Aloizio Mercadante para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e frisar que seu governo não fará privatizações.

    Já o dólar fechou nesta terça-feira (13) com leve variação negativa, de 0,04%, cotado a R$ 5,309.

    Notícias cotando o ex-ministro Mercadante como potencial chefe da estatal no próximo governo já haviam pesado nos ativos locais na véspera, à medida que agentes de mercado enxergam a nomeação como um sinal de uma política econômica mais desenvolvimentista do governo eleito, com possível expansão do gasto público para impulsionar o crescimento econômico.

    Lula também disse nesta terça-feira que as privatizações no país vão acabar.

    Na cena local, os investidores seguem apreensivos à espera de definições de novos nomes que vão compor a equipe econômica do governo eleito, e que estão sendo anunciados nesta terça-feira por Lula e seu time.

    No início da tarde, o economista Gabriel Galípolo foi anunciado como secretário-executivo do Ministério da Fazenda do governo Lula. Ele foi convidado pelo ministro nomeado Fernando Haddad e aceitou o cargo.

    Uma coletiva de imprensa do futuro ministro da Fazenda está agendada para as 18h30 desta terça.

    No exterior, as principais bolsas globais subiam, estimuladas pelos dados de inflação norte-americanos divulgados nesta manhã, que mostraram um avanço de preços mais fraco do que o esperado.

     

    O Departamento do Trabalho dos EUA informou nesta terça-feira que o índice de preços ao consumidor do país subiu 0,1% no mês passado, após avanço de 0,4% em outubro. Economistas consultados pela Reuters projetavam alta de 0,3%.

    O dado impulsionou apostas que o Federal Reserve (Fed) vai reduzir sua postura agressiva no aperto da política monetária, com provável ajuste de 0,50 ponto percentual em sua taxa básica de juros em sua reunião desta semana, que se encerra na quarta-feira.

    Já no Brasil, investidores monitoravam ainda o clima em Brasília depois do maior episódio de violência pós-eleitoral no país visto na noite da véspera.

    Mais cedo, houve ainda a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve, na semana passada, a Selic em 13,75% ao ano.

    O BC endureceu o recado sobre os riscos que o desarranjo fiscal pode provocar. O documento cita a palavra fiscal onze vezes. Em outubro, na reunião anterior, havia citado apenas quatro.

    Pela primeira vez em muitos anos, surgiu na comunicação oficial do Comitê uma referência aos riscos que as chamadas políticas parafiscais podem provocar. Entre eles, está a perda de potência da política monetária.

    Em outras palavras, o BC disse que a alta dos juros pode perder efeito, se algumas escolhas forem feitas pelo novo governo. Mudanças em medidas parafiscais foi uma referência clara sobre a volta do protagonismo dos bancos públicos no crédito via BNDES e BB.

    O documento citou também que uma “reversão de reformas estruturais” podem provocar perda de eficiência da estratégia do BC. Aqui, os diretores da autoridade monetária tratam sobre rumores da volta da TJLP do BNDES (crédito subsidiado), ameaça à lei das estatais, entre outras.

    Segundo a ata, o controle da inflação vai depender não só da política monetária, como também da magnitude do estouro nos gastos.

    Na véspera, o dólar negociado no mercado interbancário subiu 1,26%, a R$ 5,3121, maior valorização diária desde segunda-feira passada (+1,35%) e patamar de encerramento mais alto desde 28 de novembro (R$ 5,3645).

    *Com informações de Thais Herédia e Reuters

    Tópicos