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    Ibovespa avança forte mas não alcança 105 mil pontos; dólar tem semana de alta

    O otimismo começou com o IBC-Br, que teve alta de 9,47% no terceiro trimestre, sinalizando a recuperação da economia brasileira

    Leonardo Guimarães, Natália Flach e Matheus Prado, , do CNN Brasil Business, em São Paulo



     

    A volatilidade continua imperando nos mercados. O dólar começou o dia em queda, passou a subir e por volta das 15h30 voltou a recuar. No fim do dia, nova alta. A moeda subiu 0,07% para R$ 5,4754. Na semana, a cotação subiu 1,58%, devolvendo parte do tombo de 6,07% da semana anterior, quando ocorreram as eleições norte-americanas.

    “A persistência do desalinhamento frente a uma melhora consistente dos fundamentos ao longo de 2020 nos leva a reiterar que a desvalorização do real tem sido ocasionada principalmente por fatores de risco relacionados tanto à pandemia quanto à situação fiscal”, disse Emerson Marçal, coordenador do Centro de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia de São Paulo da FGV (FGV EESP) e um dos autores do estudo, de divulgação trimestral.

    Já o Ibovespa avançou 2,16% para 104.723 pontos, acumulando elevação de 3,7% na semana e de 11,4% no mês, de acordo com dados preliminares. Apesar do dia positivo, o IBOV tem demonstrado dificuldades para retomar os 105 mil pontos.

    O analista Milan Cutkovic, da Axi, disse que os eventos da semana tiveram um impacto significativo no sentimento do mercado e podem abrir caminho para ganhos adicionais no final do ano. Mas ponderou que há muitos avaliando se o rali não foi longe demais, dado que ainda há questões sem resposta sobre a vacina.

    Os pregões norte-americanos aceleraram os ganhos no final do pregão, o que fez o Ibovespa renovar máximas, embora não tenha conseguido superar os 105 mil pontos que ultrapassou ao longo da semana. O S&P 500 avançou 1,4%, segundo dado preliminar.

    Profissionais da área de renda variável têm citado rotação de carteiras e entrada de estrangeiros no mercado secundário como fatores para o desempenho da bolsa paulista, com apostas positivas para uma vacina contra o Covid-19 de pano de fundo.

    Blue chips como Petrobras  e Bradesco responderam pelas maiores contribuições positivas, mas alta de 6,84% em Notre Dame Intermédica, que divulga balanço na segunda-feira, também teve peso representativo.

    Na ponta negativa, B3 caiu 0,4%, após balanço divulgado na noite de quinta-feira, enquanto Magazine Luiza cedeu 1,77%, reflexo de realização de lucros. Ações de shopping centers também chamaram a atenção entre as quedas.

    Durante o dia, também esteve no radar dos investidores as discussões no Ministério da Economia sobre a extensão do auxílio emergencial em 2021. Ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a prorrogação era certa, caso caso haja nova onda de Covid-19. Nesta sexta, porém, ele voltou atrás ao afirmar a interlocutores que não trabalha com essa hipótese.

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    Outro assunto que impactou negociações de hoje foi a notícia de que a atividade econômica avançou 1,29% em setembro, ante agosto, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central (BC).

    Esse é o quinto mês seguido em que o indicador, visto pelo mercado financeiro uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registra alta. Sinalizando a recuperação da economia brasileira, o IBC-Br avançou 9,47% no terceiro trimestre, em relação ao trimestre anterior. 

    Também pesou no sentimentos dos investidores outra outra declaração dada pelo ministro em um evento organizado pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Desta vez, a fala foi sobre a recriação de um imposto sobre transações financeiras, algo que ele mesmo disse, há poucos dias, que estava morto

    “Quando nós falamos em desonerar a folha de pagamentos, nós precisamos de uma forma de financiamento dessa desoneração. Aí, então, falamos na contribuição sobre transações, principalmente as digitais”, justificou Guedes.

    Lá fora 

    As ações europeias encerraram estáveis ??nesta sexta-feira, com o aumento dos casos de coronavírus agravando temores de danos à economia da zona do euro nos próximos meses de inverno, embora o índice pan-europeu Stoxx 600 tenha registrado sua segunda semana consecutiva de ganhos.

    O índice teve variação positiva de 0,01% nesta sexta, depois de saltar no início desta semana com o otimismo em torno de uma vacina eficaz contra a Covid-19. O índice disparou 12,5% nas últimas duas semanas, também impulsionado pela esperança de um comércio global mais calmo sob o comando do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.

    “Mesmo que a maior probabilidade de uma vacina tenha melhorado as expectativas para o próximo ano, as perspectivas econômicas de curto prazo ainda são muito sombrias”, disse Jessica Hinds, economista para a Europa da Capital Economics.

    O ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, disse que é muito cedo para dizer se as restrições impostas na semana passada precisam ser estendidas para além de novembro, enquanto o primeiro-ministro francês, Jean Castex, disse que não haverá flexibilização por pelo menos duas semanas.

    Já os índices acionários da China fecharam em baixa nesta sexta-feira e terminaram a semana com perdas, depois de o governo dos Estados Unidos ter decidido banir investimentos norte-americanos em empresas ligadas ao Exército chinês.

    O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 1,05%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,86%. Na semana, o CSI300 perdeu 0,6%, enquanto o SSEC recuou 0,1%.

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