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    Dólar sobe a R$ 5,62 com receio fiscal no radar; Ibovespa fecha em queda

    Ministro da Economia, Paulo Guedes negou a extensão do benefício emergencial para 2021

    Do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Depois de uma sessão marcada pela instabilidade, o Ibovespa não conseguiu terminar o dia no azul. Apesar de cenário favorável nos Estados Unidos, o principal índice da bolsa brasileira caiu 0,09% para 95.556,26 pontos. 

    O destaque foi a ação com maior peso no índice, a Vale (VALE3), que teve valorização de 2,64% depois que o Bradesco BBI elevou o preço-alvo do ADR da empresa para US$ 18. 

    Incertezas sobre a extensão do auxílio emergencial — negada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes —, dúvidas sobre o Renda Cidadã e temor de um possível rompimento do teto de gastos do governo entraram no radar dos investidores neste pregão.

    A instabilidade na bolsa começou depois de uma virada da Petrobras (PETR3 e PETR4). As ações da empresa subiam no início do pregão, mas trocaram de sinal depois que o preço do petróleo passou a cair. 

    As ações preferenciais da petroleira caíram 0,7%, enquanto as ordinárias, menos negociadas, tiveram queda de 0,4%

    “O preço do petróleo está caindo por causa das incertezas sobre a recuperação da economia dos Estados Unidos. Caso a retomada seja mais lenta, o petróleo será menos demandado, e se houver aumento ou estabilidade na oferta, o preço vai para baixo. Além disso, os estoques de petróleo estão crescendo nos Estados Unidos”, explica Paloma Brum, economista da Toro Investimentos. 

    O dólar voltou a subir nesta quarta-feira, com o real figurando entre as moedas de pior desempenho no dia e descolando dos ganhos vistos em pares emergentes, conforme investidores evitaram tomar risco diante das persistentes incertezas sobre as contas públicas domésticas.

    O dólar à vista fechou em alta de 0,46%, a R$ 5,6235 na venda.

    “A moeda chegou a ter um respiro com uma reaproximação entre Paulo Guedes (ministro de Economia) e Rodrigo Maia (presidente da Câmara), mas, apesar de tudo certo, nada foi resolvido. Logo, o receio fiscal continuou no radar”, explica Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.

    Mais cedo, os mercados repercutiram a decisão de Donald Trump de chamar legisladores para discutir a criação de pacotes de estímulos para aliviar a pressão sobre companhias aéreas e pequenas empresas, muito impactadas pela crise econômica.

    O presidente americano tomou essa decisão depois de suspender o diálogo com o Congresso sobre um novo pacote de estímulo de mais de US$ 2 trilhões até o fim das eleições. 

    Trump escreveu no Twitter, nesta quarta, que a Câmara e o Senado deveriam aprovar imediatamente o pacote de US$ 25 bilhões para folha de pagamento das companhias aéreas e de US$ 135 bilhões de proteção a pequenas empresas.

    “Os dois vão ser integralmente pagos com fundos não usados do Cares Act (pacote de estímulo de US$ 2,2 trilhões voltado para setores impactados pelo novo coronavírus). Temos esse dinheiro. Eu vou assinar agora!”

    Bolsas internacionais

    Depois de um tombo na véspera, pelo fim das negociações sobre um pacote de estímulos, os principais índices de Wall Street tiveram recuperação na quarta-feira. O Dow Jones avançou 1,91%, o S&P subiu 1,74% e o Nasdaq teve alta de 1,88%.

    As ações europeias caíram nesta quarta-feira, sem conseguir acompanhar a recuperação das ações globais após uma liquidação em meio a dúvidas sobre o estímulo fiscal nos Estados Unidos, com as ações blue-chip liderando as perdas.

    O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,11%, a 1.414 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,12%, a 365 pontos, quebrando uma série de ganhos de quatro sessões.

    Com investidores à espera do IPO do Ant Group, que provavelmente será o maior da história com capacidade de levantar US$ 35 bilhões, as bolsas asiáticas subiam nesta quarta. Em Hong Kong, o índice Hang Seng tinha alta de 1,09%, sua quarta sessão consecutiva de ganhos.

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