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    Ibovespa fecha em alta após virada puxada por Petrobras; dólar cai a R$ 5,26

    Ações da petroleira subiram pelo menos 3% depois de rumores sobre um anúncio da Opep+ de redução na produção de petróleo a partir do mês que vem

    Matheus Prado e Ligia Tuon , do CNN Brasil Business, em São Paulo*



     

    Após passar a manhã em queda, seguindo o movimento do primeiro pregão do ano, o Ibovespa virou e fechou no azul nesta terça-feira. O principal índice da B3 teve alta de 0,44%, para 119.381 pontos. 

    Já o dólar à vista fechou com variação negativa de 0,11%, a R$ 5,2645 na venda. A moeda oscilou entre alta de 1,62% durante a manhã, para R$ 5,3553, e queda de 0,32%, a R$ 5,2532 pouco antes das 15h30.

    Foi um dia de amplas oscilações no mercado de câmbio em meio à recuperação de ativos de risco no mundo após um início de pregão mais fraco. 

    A virada no mercado de câmbio e de ações aconteceu após rumores de que a Opep+ anunciará redução na oferta de petróleo a partir do mês que vem, algo que não era esperado pelo mercado e levou o preço da commoditie ao maior nível em dez meses em Nova York.

    Por isso, as ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) lideraram os ganhos do Ibovespa ao lado dos papéis da Weg (WEGE3). As ações da petroleira subiram pelo menos 3% e puxaram a virada do índice acionário brasileiro. 

    Outra alta importante do índice foi da fabricante de cervejas Ambev (ABEV3), que avançou 2,13%, cotada a R$ 15,81.

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    Operadores monitoram o avanço da Covid-19 pelo mundo, a imposição de novos lockdowns na Europa e a disputa pelas últimas cadeiras no Senado dos Estados Unidos, na Geórgia.

    “Há preocupação com o aumento de casos de Covid, especialmente em relação à nova cepa (descoberta no Reino Unido), levando países a decretar lockdowns”, explicou Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho.

    Segundo ele, fatores domésticos também colaboravam para a fraqueza apresentada pelo real, à medida que a conjuntura brasileira falha em fornecer algum conforto para os investidores já preocupados com a economia global.

    “O Brasil entrou na pandemia com a questão fiscal frágil, e, em momentos de aversão a risco global, em meio às incertezas, o real se desvaloriza mais (em comparação com seus pares)”, disse ele.

    O Banco Central anunciou para este pregão leilão de swap tradicional para rolagem de até 16 mil contratos de dólar com vencimento em maio e setembro de 2021.

    Lá fora

     As ações em Wall Street encerraram em alta nesta terça-feira, ao fim de um pregão volátil, com investidores aproveitando a queda da sessão anterior para comprá-las de volta, antes do resultado do segundo turno das eleições para o Senado no Estado da Geórgia, cujo resultado determinará o equilíbrio de poder em Washington.

    O Dow Jones subiu 0,55%, aos 30.391 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,76%, aos 3.726 pontos, e o Nasdaq valorizou-se 0,85%, aos 12.802 pontos.

    Já as bolsas da Ásia encerraram o pregão desta terça-feira (5) em alta, após a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE, na sigla em inglês) recuar e decidir não mais excluir três empresas chinesas do setor de telecomunicações de sua listagem.

    Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,64%, para 27.649,86 pontos. Por lá, as ações da China Unicom dispararam 8,5%, as da China Mobile, 5,13%, e as da China Telecom, 3,35%.

    Seguiram a tendência o índice de Shenzhen (alta de 2,15%, para 15.147,57 pontos) e o composto de Xangai (avanço de 0,73%, a 3.528,68 pontos), ambos na China continental, e o índice Kospi, da Bolsa de Seul (fortalecimento de 2,57%, a 2.990,57 pontos).

    Os mercados asiáticos se animaram com o arrefecimento das tensões sino-americanas diante do recuo da NYSE sob a tese de “novas consultas às autoridades regulatórias relevantes”.

    Na semana passada, a bolsa nova-iorquina havia anunciado a exclusão de China Telecom, China Mobile e China Unicom de sua listagem, alegando preocupações com supostos vínculos das companhias com as forças armadas comandadas por Pequim.

    A principal exceção à tendência compradora na Ásia se deu em Tóquio, onde o índice Nikkei fechou em baixa de 0,37%, a 27.158,63 pontos. Por lá, ainda causa desconforto o avanço da Covid-19 e a possibilidade de se anunciar estado de emergência da região da capital japonesa.

    O recuo de Wall Street no pregão de segunda-feira, diante da retomada de lockdowns na Europa, também impediu a tomada de risco. Na Oceania, o índice S&P/ASX 200, da Bolsa de Sidney, fechou perto da estabilidade, em queda de 0,03%, para 6.681,90 pontos.

    (*Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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