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    Ibovespa fecha em queda com incertezas sobre estímulos nos EUA; dólar recua

    Índices brasileiro e norte-americanos recuaram no fim do pregão com a falta de negociação do Congresso americano sobre um pacote de estímulos à economia do país

    Notas de US$ 100 (14.out.2015)
    Notas de US$ 100 (14.out.2015) Foto: Guadalupe Pardo/Reuters 

    O Ibovespa não conseguiu se manter no azul nesta terça-feira (11) depois do bom humor dos mercados na abertura. O índice sofreu com as desvalorizações da Vale, Petrobras e bancos e fechou em queda de 1,23%, aos 102.174,4 pontos. 

    No melhor momento do dia, a bolsa brasileira chegou perto dos 104.300 pontos.

    A perda de fôlego veio com incertezas do mercado norte-americano sobre as negociações para novos estímulos fiscais no país. Isso fez com que o ânimo com a vacina russa contra a Covid-19 perdesse força. 

    Hoje, o líder republicano do Senado dos EUA, Mitch McConnell, disse que negociadores da Casa Branca não conversaram nesta terça-feira com líderes democratas no Congresso dos EUA sobre o projeto de lei de alívio aos efeitos do coronavírus, após as negociações terem sido interrompidas na semana passada.

    O dólar caiu ante o real nesta terça-feira, com a moeda brasileira seguindo correção vista em outras divisas emergentes que recentemente sofreram expressivas quedas, mas se afastou das mínimas da sessão em meio às incertezas sobre o pacote fiscal nos Estados Unidos

    A moeda norte-americana fechou em queda de 0,91%, negociada à vista a R$ 5,41.

    Destaques

    A Linx (LINX3) fora do Ibovespa, disparou 31,5%, liderando o índice Small Caps, após a produtora de software para o varejo divulgar que está em tratativas finais para possível combinação de negócios com a empresa de meio de pagamentos StoneCo, anúncio feito durante a sessão. Em Nova York, a Stone saltou 11%, a US$ 52,39, máxima histórica para fechamento. No setor, a Cielo (CIEL3) caiu 1,75% e a Pagseguro cedeu 1,3%.

    A Cosan (CSAN3) recuou 3,43%, após reportar na véspera prejuízo líquido de R$ 174,4 milhões no segundo trimestre, ante lucro de R$ 418,3 milhões um ano antes, sob os efeitos da pandemia do coronavírus e do câmbio.

    Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) avançaram 8,45% e 7,07%, respectivamente, entre as maiores altas do Ibovespa, na esteira do noticiário sobre vacina contra a Covid-19. A CVC (CVCB3) avançou 6,54%. No ano, esses papéis ainda acumulam desvalorização de cerca de 47%, 60% e 51%, respectivamente.

    O Itaú (ITUB4) fechou em queda de 1,16% e o Bradesco (BBDC4) recuou 0,82%.

    A Vale (VALE3) perdeu 3,09%, após forte valorização na véspera, mesmo com a alta dos futuros do minério de ferro na China, em sessão de correção no setor de mineração e siderurgia, com a Usiminas recuando 2,3%.

    As ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3 e PETR4) recuaram 1,7% e 1,58%, respectivamente, conforme os preços do petróleo no exterior também mudaram de sinal. O Brent fechou em queda de 1,09%.

    Lá fora

    Investidores reagiram positivamente à notícia da aprovação de uma vacina na Rússia, que será comercializada no mercado internacional com o nome de Sputnik 5, em referência ao primeiro satélite lançado ao espaço na história. 

    Depois, no fim do dia, os mercados norte-americano e brasileiro ficaram de mau humor por causa da falta de diálogo no Congresso dos Estados Unidos sobre um pacote de estímulos à economia do país. O presidente Donald Trump prometeu, mais cedo, que discutiria o assunto com líderes democratas.

    Por conta disso, em Wall Street, o viés que era positivo virou negativo e as bolsas fecharam em queda. A maior delas foi no índice de tecnologia Nasdaq, que recuou 1,89%. O S&P 500 caiu 0,79% e o Dow Jones teve desvalorização de 0,38%. 

    Na China, os índices fecharam em baixa nesta terça-feira (11), pressionados pelas empresas de tecnologia. O índice CSI300 .CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,91%, enquanto o índice de Xangai .SSEC teve queda de 1,15%.

    No fechamento das bolsas europeias, a expectativa ainda era positiva com relação aos estímulos nos Estados Unidos. Isso fez com que as ações por lá atingissem uma máxima em quase três semanas. 

    O índice FTSEurofirst 300 subiu 1,64%, a 1.437 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 1,68%, a 371 pontos.

    (Com Reuters)